Foi dado o primeiro passo decisivo para a quebra do monopólio das empresas de transportes coletivos. Por dez votos contra, três a favor, uma abstenção e duas ausências, o plenário da Câmara Municipal de Porto Velho rejeitou o parecer da Comissão de Constituição, Justiça e Redação, que decidiu pela inconstitucionalidade do Projeto de Emenda à Lei Orgânica, de autoria de um terço dos membros da Casa, que acaba de vez com o monopólio.
Votaram contra o parecer os vereadores José Hermínio Coelho (PT), Eduardo Carlos, Moisés Costa e Marcelo Reis (PV), Ramiro Negreiros (PMDB), Cláudio da Padaria e Ellis Regina (PC do B), Pastor Delso (PRB), Mariana Carvalho e Jean Oliveira (PSDB) A favor do parecer votaram os vereadores Cláudio Carvalho, que é presidente CCJR, e José Wildes, ambos do PT, e Chico Caçula (PDT). O vereador Jurandir Bengala (PT) absteve-se. E os vereadores Jaime Gazola (PV) e Zequinha Araújo (PMDB) estavam ausentes.
Com a rejeição do parecer, o projeto deverá ser apreciado pelo plenário, em caráter definitivo, na próxima segunda-feira. Como se trata de Emenda à Lei Orgânica, a matéria precisa de onze votos para ser aprovada. O presidente da Câmara, vereador José Hermínio Coelho, primeiro a empunhar a bandeira contra o monopólio, acredita que poderá contar com o voto do vereador Jaime Gazola.
A sessão desta terça-feira foi marcada por discursos acalorados e troca de insultos. Por pouco, o vereador José Hermínio não perdeu a cabeça com seu companheiro de partido José Wildes. Na próxima segunda-feira, o clima promete esquentar. Lideranças de bairros prometeram lotar o plenário, para ver quem está contra o povo e a favor do monopólio.