Uma auditoria para o Ipam - Por Valdemir Caldas

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Foto: Divulgação

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Tenho sustentado (e não é de hoje) a necessidade, urgente e inadiável, de se proceder a uma auditoria nas contas da assistência médica do Ipam (Instituto de Previdência e Assistência dos Servidores do Município de Porto Velho), mas, infelizmente, reconheço que venho pregando no deserto. Mesmo assim, tem sido gratificante a missão.
 
Longe de mim, contudo, apontar o dedo na direção de quem quer que seja. Deixo isso a cargo do Ministério Público Estadual e do Tribunal de Contas de Rondônia. Entretanto, o que tenho ouvido nos corredores e salas do instituto, é capaz de fazer sangrar o mais empedernido dos corações.
 
Não se diga, porém, que as denúncias, queixas e reclamações são frutos da imaginação fértil de adversários políticos, que querem apenas comprometer a imagem da administração Roberto Sobrinho, como fazem petistas, quando apanhados com a mão na cumbuca do dinheiro público. Pelo contrário. Algumas acusações cabeludas têm saído da boca de servidores do próprio Ipam, pessoas que não chegaram lá ontem, mas há dez, doze, quinze anos ou mais.
 
Louvável, portanto, a iniciativa da vereadora Ellis Regina (PC do B) de convidar o presidente do Ipam, João Herberty Peixoto (cunhado do prefeito Roberto Sobrinho), para falar sobre coisas estranhas, que estariam acontecendo no instituto, mas isso só não basta.
 
O cidadão vai à Câmara Municipal, apresenta números que ninguém sabe ao certo se correspondem à realidade, fala um amontoado de baboseiras e, ao final, deixa o recinto com a consciência do dever cumprido. Enquanto isso, os segurados continuam sentindo na pele os reflexos de uma administração desastrosa, cuja visão não ultrapassa as fronteiras do próprio umbigo.
 
Urge mergulhar fundo nos labirintos sombrios do Ipam, examinar, com lupa, as cópias de extratos bancários, ordens de pagamento e os contratos celebrados com fornecedores e prestadores de serviços, em especial, aqueles referentes aos setores de limpeza, segurança e informática.  
 
O segurado está com a paciência saturada, já não mais agüenta ouvir desculpadas esfarrapas, enquanto os problemas se vão acumulando, comprometendo a credibilidade da instituição. O prefeito não pode insistir em fazer ouvido de mercador às reclamações que ecoam dos quatro cantos da cidade sobre o péssimo funcionamento do Ipam.
 
É bem verdade que o presidente do Ipam não é um único estorvo na equipe de colaboradores de Sobrinho. Os secretários Fernanda Moreira (SEMTRAN), Josélia (Agricultura), Jair Ramires (SUMUSB) e Epifânia Barbosa (Educação) não vêm dando conta do recado. O prefeito faria um grande favor à população se os mandasse para casa. Já! 
 
 
 
 
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