O prefeito de Porto Velho, Roberto Sobrinho (PT), precisa parar de ficar por aí dizendo asneiras e procurar, o mais rápido possível, executar um intenso programa de arborização da cidade.
A cada ano, os índices de calor vêm aumentando na capital, causando mal-estar naquelas pessoas menos acostumadas com a soalheira brutal.
Os especialistas são unânimes em afirmar que a ação deletéria do homem sobre o planeta, destruindo a camada de ozônio que o protege dos efeitos causticantes do sol, pode vir a se constituir em riscos gravíssimos, no futuro, principalmente, para uma cidade que não tem a menor proteção natural, na forma de arborização, por exemplo.
Os antigos administradores da capital, com melhor visão, como Chiquilito Erse e José Guedes, procuraram encher algumas ruas e praças com arvores frondosas, formando um ambiente que proporcionava aos transeuntes uma sensação de conforto, mesmo sob o calor mais violento.
Hoje, porém, há uma inversão de prioridades. A administração petista prefere investir no inchaço da máquina oficial, com a contratação de cabos eleitorais e apaniguados políticos, enquanto a canícula inferniza a vida dos moradores portovelhenses.
As grandes áreas arborizadas da periferia ou foram invadidas ou cederam lugar à construção de conjuntos residenciais. Os igarapés foram transformados em regos de esgotos a céu aberto. Tudo isso, evidentemente, com a complacência do poder público.
Não há uma política municipal de incentivo à preservação ambiental. Difícil imaginar, por exemplo, o cidadão portovelhense deixando seu veículo na garagem e, destarte, contribuir para reduzir o lançamento de monóxido de carbono na atmosfera, para aventurar-se a andar num desses ônibus calhambeques que circulam pelas ruas da cidade, colocando em risco a vida de dezenas de passageiros e poluindo o meio ambiente.
Conhecendo os problemas ambientais ou não, o certo é que a população vem sofrendo muito com o calor, principalmente, crianças e idosos, que têm sua saúde abalada, conforme esclarecem especialistas preocupados com as mudanças climáticas.
Por isso, antes que seja demais, cabe a prefeitura de Porto Velho iniciar um programa de arborização intenso, bem feito e organizado, em nome do bem-estar da população, que, por sua vez, precisa participar, conscientemente, até para a sua própria sobrevivência futura.