Revista americana Forbes entrevista governador Ivo Cassol sobre crescimento econômico de RO

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Foto: Divulgação

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O governador Ivo Cassol recebeu em seu gabinete, na Residência Oficial, na tarde desta terça-feira (26), os repórteres da revista americana Forbes, Mathew Harris e Florence Luti. A revista é direcionada especificamente a investidores e atinge 5,4 milhões de pessoas em todo o mundo, e tem interesse em divulgar para seus leitores a forma de administrar do governador Ivo Cassol, que tem se destacado por manter o crescimento econômico de Rondônia acima da média nacional e também em mostrar as potencialidades do Estado. A primeira pergunta dos repórteres ao governador Ivo Cassol foi justamente sobre o crescimento do estado.
 
Revista Forbes: Qual a estratégia de trabalho do senhor para manter uma média de crescimento muito acima da média nacional?
 
Ivo Cassol: Desde 2003 quando assumi a administração do Estado a média de crescimento nacional era de 4% a 5% e Rondônia passou a despontar dos demais Estados e chegamos a registrar até 30% de crescimento econômico. Não existe mágica e sim trabalho, neste momento de crise, por exemplo, além das usinas, também contribuem os investimos pesados na produção de grãos e na pecuária. Para se ter uma idéia, nós temos 12 milhões de cabeças de gado, o que dá oito animais para cada pessoa do Estado. Ainda oferecemos incentivos fiscais para atrair novos investidores. Em Rondônia, por exemplo, não foi explorada a parte mineral, com exceção do estanho. Outro empreendimento que deve fomentar a ainda mais a economia na região é o gás de Urucum, podendo ser criado um pólo petroquímico em Rondônia. Eu pedi ao Governo Federal que crie mecanismos para que sejam agregados valores nos produtos produzidos aqui, com isso vão ser gerados emprego e renda. E, para mandar nossos produtos para outros países temos o Oceano Atlântico, através do rio Madeira, ou para a China, por meio do Oceano Pacífico, ressaltou Cassol.
 
Revista Forbes: Quais foram as medidas que o senhor adotou para incentivar o crescimento da economia?
 
Ivo Cassol: Criamos infra-estrutura com recuperação e pavimentação de estradas, construções de pontes interligando os municípios, criamos programas de incentivos nas áreas de agricultura com incentivo e distribuição de sementes, tanques de resfriamento de leite, o gado que antes era abatido em outros Estados agora esse trabalho é feito aqui, a exemplo da madeira, enfim temos matéria prima e estamos agregando valor ao nosso produto. Hoje as usinas estão gerando emprego e renda, mas depois de pronta vai gerar receita no Estado de São Paulo e nós só vamos ficar com a ressaca. Por isso que estamos trabalhando para atrair novos investidores para cá com incentivos fiscais que chegam a 85%.
 
Revista Forbes: Fale da viagem que o senhor fez aos países andinos e como foi recebido nesses países?
 
Ivo Cassol: Fomos muito bem recebidos pelos presidentes regionais. A integração Brasil/Peru é fundamental, temos que arrumar novos mercados para nossos produtos, pois hoje só temos o mercado de São Paulo, quando surge alguma crise o preço do nosso produto é o primeiro a cair e não podemos ficar a mercê de uma única fonte, sem falar nas vantagens de custo benefício tendo em vista que muitos produtos que consumimos aqui vêm do sul do país, muito mais distante e mais caro do que se vir do Peru, que pode nos fornecer sal e produtos hortifrutigranjeiros.
 
Revista Forbes: Rondônia está credenciada a vender carne bovina para o Chile?
 
Ivo Cassol: Para fornecer carne animal para o Chile assim como para a União Européia, existe uma exigência muito grande, isso prova que temos carne de qualidade e com condições de ser exportada para qualquer país da Europa.
 
Revista Forbes: Quais são seus planos para o futuro, senado, presidente da república?
 
Ivo Cassol: Só cumprir com minha missão e dever. Eu servi de exemplo para o Brasil quando denunciei os políticos do meu Estado, hoje Rondônia tem dinheiro em caixa para fazer várias obras. Não tenho ambição de poder, o único que tem poder é Deus eu só tenho vontade de fazer, eu sempre trabalho como se tivesse no primeiro dia de meu mandato. Não estou na política para fazer carreira estou na política porque cansei de cobrar da classe política e não ter resposta. Muitos Estados estão endividados por falta de competência e compromisso também.
 
Revista Forbes: O senhor gosta de jogar futebol?
 
Ivo Cassol: Gosto de jogar futebol, praticar esporte é bom para a saúde, tira o estresse e integra as pessoas. Jogo futebol três vezes por semana e nas viagens de trabalho pelos municípios do interior sempre jogo também.
 
Revista Forbes: O que o senhor gostaria que o mundo soubesse sobre Rondônia?
 
Ivo Cassol: Gostaria que as pessoas conhecessem as potencialidades de Rondônia, nós temos imagens extraordinárias e o maior berçário de peixes do mundo. A pesca esportiva é autorizada, temos um campo muito grande para ser explorado na questão do turismo ecológico, ideal para investidores de rede de hotelaria. Temos mais de 10 mil búfalos e pretendemos criar um safári. Rondônia tem um potencial muito grande, principalmente na área mineral e de granito, as empresas interessadas terão incentivos que chegam a 85%. Temos muito potencial na produção de café, soja, milho e arroz. A pecuária pode crescer mais 30% sem derrubar uma única árvore através do manejo de pastagem e recuperação de áreas degradadas. Rondônia abate oito mil bois por dia e nós não temos uma fábrica que possa beneficiar o couro que é o melhor do Brasil e do mundo. Dizem que a Amazônia é para ser um patrimônio da humanidade para isso é preciso investir aqui, cada mil unidades de couro gera sete mil empregos. Temos matéria prima para produzir calçados ecológicos, temos a seringa e o couro só falta o investidor para produzir o calçado da Amazônia ecologicamente correto e, com certeza, Rondônia continuaria crescendo mais que os outros Estados e outros países também.
 

De acordo com os repórteres, a matéria será publicada na edição da Forbes da segunda quinzena de julho e vai trazer reportagens com os principais administradores públicos e privados que mais se destacaram em diversos países do mundo.

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