Artista-pesquisadora de Rondônia ganha prêmio da Funarte

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Foto: Divulgação

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A pesquisadora Ariana Boaventura, uma das artistas do grupo Coletivo Madeirista de Rondônia, é a representante da Região Norte premiada pela Bolsa FUNARTE de Estímulo à Produção Crítica em Artes na categoria Conteúdos Artísticos em Mídias Digitais/Internet, com o projeto "Madeirismo - do Movimento ao Coletivo.
A Bolsa FUNARTE respectiva, tem como objetivo estimular a reflexão crítica sobre atividades ou processos, artistas, grupos ou instituições, nos diversos segmentos que compõem as manifestações artísticas contemporâneas, onde possam ser identificados e reconhecidos diálogos, experiências, produtos ou referências concretas nas chamadas mídias digitais, de comunicação ou na veiculação ou difusão por meio da Internet.
Conforme as palavras da contemplada “foi uma agradável surpresa para eu ser premiada no primeiro concurso que participo em nível nacional, e a responsabilidade de produzir uma pesquisa crítica em artes com patrocínio torna-se muito estimulante em vista de outros trabalhos já produzidos" afirma a pesquisadora que, durante três anos fez parte do Centro de Hermenêutica do Presente-CENPHRE/UNIR na área de História Oral.
Graduada em História/UNIR e Pós-Graduada em História Regional/UNINTES, a nova bolsista da FUNARTE além de professora da rede pública de ensino, lotada no Centro de Ensino Especial - CENE, ainda encontra tempo para fazer Pós-Graduação em LIBRAS - Linguagem Brasileira de Sinais da UNINTES e uma graduação no curso de Artes Visuais da UNB/UNIR, além de ser presidente da recém fundada APPIS -Associação de Pais, Professores, Intérpretes e Amigos de Surdos, pretendendo agregar essa premiação a um extenso currículo que registra participações e publicações em simpósios regionais e nacionais.
Membro do Coletivo Madeirista desde 2007, Ariana Boaventura pretende desenvolver seu projeto paralelamente à própria experiência artística, tendo acompanhado de perto o surgimento do Madeirismo e seus desdobramentos nesses dez anos de atuação, tentando através de seu projeto de pesquisa, compor um panorama da trajetória histórica, bem como, da produção iconográfica durante esse período, dentro de um contexto interdisciplinar que comporte o uso crítico das novas tecnologias.
Segundo a artista-pesquisadora "o surgimento do Movimento Madeirista e o seu desdobramento nas ações do Coletivo, são questões pertinentes à emergência das práticas artísticas que se utilizam das tecnologias de informação e comunicação para produzir resistência a discursos e práticas de poder através de ações virtuais e em espaços públicos" o que, em relação à Amazônia é algo tão pioneiro quanto inusitado, e por sua relevância merece não só o simples registro, mas também uma reflexão mais acurada sobre o tema.
 
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