Apenadas da Penitenciária Feminina de Porto Velho vão ao cinema do Festcine Amazônia - Foto

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Foto: Divulgação

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De forma inédita, todas as 170 apenadas da Penitenciária Feminina de Porto Velho prestigiaram na manhã desta quarta-feira (12) no Teatro do Sest-Senat, o documentário “Povo Marcado”, como parte da mostra de Direitos Humanos da 6ª edição do Festcine Amazônia – Festival de Cinema e Vídeo Ambiental.
 
O evento contou com a presença do secretário adjunto de Justiça de Rondônia, Gabriel Tomasete, do juiz titular da Vara de Execuções Penais da Comarca de Porto Velho, Sérgio Willian, e do diretor-geral do Sest-Senat, Luiz Marques.

Os autores de “Povo Marcado”, Werinton Kermes e Luciana Lopes, retratam a experiência pioneira de um programa de rádio produzido e apresentado pelas próprias reeducandas da Cadeia Pública de Votorantin, em São Paulo.

“Esse programa que é inédito no país, não fica só para as detentas, vai para a sociedade, através da rádio comunitária e rádio Câmara, onde elas entrevistam autoridades, médicos, artistas, pessoas não só relacionadas ao mundo carcerário. Também tem a parte artística, cultural e musical. Tudo com o apoio técnico de voluntários”, explicou Luciana.

Kermes disse que a experiência de divulgação em Rondônia está sendo única e parabenizou o Judiciário por perceber a boa vontade em melhorar o Sistema. “Para nós essa oportunidade está sendo inédita e vamos levar isso como exemplo para São Paulo”, afirmou.

Na ocasião, Sérgio Willian destacou os principais benefícios da iniciativa cultural. “A importância primordial é a aproximação da comunidade com a população carcerária, e também das presas com a própria comunidade, de forma que elas se sintam protegidas, valorizadas e respeitas pela população”, relatou.

Fernanda Kopanakis, que faz parte da Coordenação do Festival, enfatizou o papel social do evento junto às apenadas. “A gente fica muito feliz, inclusive pela reação delas, penso que é um momento único tanto para o Festival, quanto para elas, por esse espaço lúdico do cinema. Acredito que ações como as promovidas na Cadeia Pública de Votorantin, são uma forma de dar um pouco de esperança e resgatar a cidadania dessas mulheres”, revelou.


Após a apresentação do documentário, a reeducanda Marilene Botelho, campeã do Torneio de Poesias realizado recentemente entre os presídios da Capital, soletrou com muita emoção a sua poesia que retratava a vida atrás das grades, e que foi bastante aplaudida pelo público.

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