Usina Jirau: Lideranças pedem pressa na liberação

Da Redação

16 de Outubro de 2008 às 17:24

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Usina Jirau: Lideranças pedem pressa na liberação

Foto: Divulgação

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Comunidades de áreas próximas de onde será construída a Usina Hidrelétrica Jirau pediram pressa na liberação da licença para o início das obras. Eles participaram maciçamente, na última quarta-feira, da Reunião Pública convocada e coordenada pelo IBAMA, no auditório do hotel Aquarius, em Porto Velho.

José Willian Ribeiro, líder comunitário no distrito de Jaci - Paraná fez um apelo para que a burocracia tenha fim e seja logo iniciada a construção da hidrelétrica. Segundo ele, há cinco anos a rotina das pessoas que moram na comunidade foi alterada pela expectativa da chegada da usina, e todos aguardam pelos benefícios que virão com a obra.

Quem também pediu mais agilidade foi Maria Iraildes, que é vice-presidente da Associação dos Moradores e Ribeirinhos de Mutum-Paraná (Amorimp). Segundo ela, a situação da comunidade que vive na região deve ser analisada pelas autoridades. “Nós já vivemos há muito tempo a espera por essa usina”, disse Maria. Ela quis saber o que seria feito daqui para frente, já que a mudança foi aprovada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e o a população tem pressa para que a obra comece logo. Em resposta ao que disse a líder comunitária, o presidente da Energia Sustentável do Brasil S.A., empresa concessionária responsável pela construção da Usina Hidrelétrica Jirau, Victor Paranhos, disse que, como ela, a empresa aguarda apenas a licença do IBAMA para iniciar a obra.

Mais de duas mil pessoas participaram da reunião, graças ao apoio logístico dado pela Energia Sustentável. A empresa fez a divulgação do evento em todos os veículos de comunicação, na cidade e nos distritos de Porto Velho, com faixas, panfletos, carros e até bicicletas de som.

Foram disponibilizados gratuitamente mais de 15 ônibus para o transporte de moradores das comunidades de Fortaleza do Abunã, Abunã, Palmeiral, Embaúba, Ilha do Padre, Mutum-Paraná e Jaci - Paraná. É para essas localidades que serão direcionadas grande parte das compensações ambientais e sociais da Usina Jirau.

Dúvidas esclarecidas

O evento teve como objetivo esclarecer dúvidas sobre o projeto de mudança no eixo de barramento da usina. Os técnicos responsáveis pelos estudos explicaram porque a alternativa apresentada pelo grupo é a melhor ambiental e economicamente. Os engenheiros da Energia Sustentável identificaram também que o solo no novo local da barragem, na Ilha do Padre, tem mais rochas. Isso contribui para a construção da usina e barateia todo o processo. Como será menor a quantidade de escavações, o impacto ambiental também é menor. Assim, a hidrelétrica entrará em funcionamento já em dezembro de 2011, um ano antes do que era previsto no projeto anterior e esse benefício será sentido no bolso do brasileiro, que pagará menos pela energia produzida em Jirau.

Também está na proposta da empresa, a criação de um Pólo de Desenvolvimento Econômico, onde será a nova sede do distrito de Mutum-Paraná. Lá serão construídas casas, escolas, postos de saúde e áreas para o comércio e lazer. Também estão no projeto parcerias com os governos municipal, estadual e federal para que seja estimulada a instalação de empresas que fomentem o comércio e o desenvolvimento da economia local.

A mediação da Reunião Pública foi do presidente do IBAMA, Roberto Messias, que lia e resumia em blocos temáticos as perguntas. Além de ceder o microfone a quem quis fazer exposições e perguntas orais. O evento acabou por volta da meia-noite, o que, no entanto, não pôs fim ao esforço da Energia Sustentável para responder às dúvidas que ainda restarem. Na página da empresa na internet (www.energiasustentaveldobrasil.com.br) há um link, onde os questionamentos podem ser feitos e, posteriormente, respondidos via e-mail.

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