Uma em cada 4 crianças da pré-escola está acima do peso, segundo pesquisa
Foto: Divulgação
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Para chegar ao diagnóstico, o índice de massa corporal (IMC) é calculado ao se dividir o peso pelo quadrado da altura. IMC entre 25 e 29,9 significa excesso de peso; entre 30 e 39,9 trinta, obesidade; e a partir de 40, obesidade mórbida.
O estudo feito pela Escola Paulista de Medicina (Unifesp) mostra que mais de um quarto das crianças brasileiras, entre 2 e 6 anos, tem excesso de peso, e uma em cada 10 é obesa. Dessas, 4,3% apresentam obesidade mórbida.
'Entrando nos eixos'
Uma menina de 10 anos, por exemplo, começou a ganhar peso e foi levada ao médico pela mãe. São quatro anos de dieta. Quando o tratamento iniciou, a rotina da família também mudou. A geladeira, antes lotada com guloseimas, agora tem sucos e frutas. “A gente está controlando o problema dela, e o restante da família também já está perdendo peso. Eu já perdi
Para a nutricionista Paula Cristina de Mello, o segredo não é proibir, mas educar para comer bem. “Como existe hora pra estudar, existe hora para brincar, para comer balas, frutas, legumes, saladas”, diz.
3 mil crianças
Estudo inédito mapeou a qualidade nutricional da alimentação de mais de 3 mil crianças em idade pré-escolar em nove cidades do país. Os dados, apresentados no XII Congresso Brasileiro de Nutrologia, fazem parte do estudo Nutribrasil e envolveu 12 instituições de ensino.
O trabalho da Unifesp mostrou que grande parte das crianças em idade pré-escolar tem algum tipo de inadequação nutricional na alimentação, seja de nutrientes em excesso ou em falta. A ingestão de fibras, por exemplo, é deficiente em 95% das crianças de
O estudo também aponta que a tendência de estar acima do peso é maior em alunos de escolas particulares. Mas os de escolas públicas não ficam tão atrás. A nutricionista Paula Cristina de Mello lembra que a educação alimentar não se restringe à dieta e pressupõe mudança de comportamento. “Não é só a criança que tem que se modificar. A família tem que modificar junto. É um hábito que tem que ser modificado por todos”, afirma a nutricionista.
De acordo com o estudo, escolas particulares apresentam taxas maiores de crianças com excesso de peso e obesidade do que escolas da rede pública de ensino. Nas particulares, a média é de 33% de crianças acima do peso ideal, incidência maior que os 27% nas escolas públicas.
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