ARTIGO - Um velho com sabor de novo - Por Hamilton Lima

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Foto: Divulgação

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O ano de 2006 fugiu. Fugiu com um monte de informações que aturdiram o país brasileiro e a República de Rondônia, forte rincão encravado entre a Bolívia , Acre, Amazonas e Mato Grosso. Uma terra que resiste aos velhos conceitos de Rousseau, Aristóteles e Platão, aos ensinamentos de mestres religiosos. É uma terra que se descortina e se descobre descoberta, frágil num 4 de Agosto, porém mais aviltada ainda numa data mais recente. * Passou mais um ano e um povo que já tinha sofrido pelo desgosto de torcer pela seleção de futebol do país vizinho, o Brasil, forte economicamente o suficiente para tentar vender suas leis e seu status quo para estas terras quase independentes, sofreu mais uns desgastes. *Um monte de denúncias, que estão sendo seriamente apuradas pelas autoridades locais e pelas brasileiras também encheu as páginas de jornais, rádios, sites, televisões. Garantiu aos veículos de Rondônia destaque no Brasil – mantenedor da obra, e no exterior. *Ásia, África, Europa e Oceania buscaram avidamente notícias sobre um novo tipo de jogo, dominó, que foi praticado sem medo de ser feliz no Estado. *A semiótica das algemas enfeitando os pulsos de autoridades ligadas aos três poderes marcou o noticiário internacional, rendeu muitas fotos fantásticas, textos e manifestações de alguns poucos setores da sociedade. Foi tudo bravata de um sentimento chamado esperança. *Mas como se previa o ano termina com informações reversas. No cômputo geral as autoridades do território maior chamado Brasil apareceram como arbitrárias. Editoriais e sorrisos marcaram o encerramento aparente do torneio de dominó. Alguns bobos locais e estrangeiros acharam que o jogo seguinte seria xadrez. *Coisas de um povo que se ilude com as possibilidades da justiça. As leis são interpretáveis. Alguns parágrafos das leis são exercícios puros de dialética composta do que se pode chamar de realidade fantástica. *Os brasileiros desrespeitosamente apelidaram a república de Roubônia. Um acinte escatológico de um país que possui forças armadas, essas coisas. *Nem sequer lembram dos dossiês tucanistas, dos mensalões e cuecões , dos bispos com malas gordas, das ambulâncias e sanguessugas espalhadas. *Foi um ano de podridão que se vai sem deixar muita saudade. A podridão foi escancarada em todos os setores, até entre nobres operadores de informações. Que podridão. Fétidas flatulências dos que se locupletaram num banquete de vermes. 2006, um ano em que um Parreira burro eliminou o brilho da Seleção Canarinho e outros Barreiras enganaram a sociedade rondoniense e brasileira. *Que se esqueça logo esta porcaria. A pouca vergonha foi entronizada em mais setores do que a vã filosofia concebe. Que seja o ano de 2007, um ano de roubos novos, canalhice nova, fotos novas de velhos esquemas. Que pelo menos as folhas dos jornais sirvam para alguma coisa. *O autor é Professor universitário
Direito ao esquecimento

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