Melki confirma na PF que sua assessoria foi procurada para “comprar” eleição no Senado

Segundo o depoimento, dias antes das eleições uma pessoa se identificando como técnico da Justiça Eleitoral teria procurado um empresário da capital oferecendo para o mesmo intermediar a “venda” da eleição ao Senado para Melki Donadon.

Melki confirma na PF que sua assessoria foi procurada para “comprar” eleição no Senado

Foto: Divulgação

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*O ex-prefeito de Vilhena e ex-candidato ao Senado, Melki Donadon (PMDB), prestou depoimento nessa sexta-feira (20) na Superintendência da Polícia Federal em Porto Velho sobre as suspeitas de fraudes nas urnas eletrônicas nas últimas eleições. Seu depoimento estava marcado para a próxima semana, mas ele pediu para ser antecipado para esta sexta-feira. *Melki confirmou o que já disse na imprensa, de que sua assessoria foi procurada para “comprar” a eleição ao Senado, e declinou nomes de pessoas que estiveram envolvidas nessa proposta. Para aqueles que o acusam de falar apenas depois das eleições ele ressaltou que sua preocupação é com a lisura das eleições futuras, para que o livre exercício da escolha e da disputa não fique ameaçado e as pessoas possam confiar no processo democrático. “Já disputei várias eleições, ganhei e perdi, o que acho normal, o que não pode ser normal é que paire qualquer dúvida sobre a integridade da disputa e o exercício cidadão da escolha livre e soberana apontada pelas urnas”. “Se eu tivesse denunciado na época falariam que estava tentando me promover para ganhar as eleições”. *Para a imprensa Melki não declinou nomes das pessoas, o que foi feito para a PF. “A Polícia e a Justiça que façam a parte deles, fiz a minha como cidadão. Se há culpados ou não, não cabe a mim dizer. Se ao final de tudo isso for apurado que houve fraude ou mesmo que a Justiça diga que não houve e o processo é seguro, meu gesto terá prestado um serviço a democracia e poderemos ir as urnas sem medo de sermos enganados”, declarou. *Segundo o depoimento, dias antes das eleições uma pessoa se identificando como técnico da Justiça Eleitoral teria procurado um empresário da capital oferecendo para o mesmo intermediar a “venda” da eleição ao Senado para Melki Donadon. O empresário teria procurado o irmão de Melki, Josué Donadon, que repassou o assunto para Melki e seu secretário de campanha, Antonio Carlos Campos. O preço era R$ 300 mil, com um pagamento antes e o restante depois da eleição. Melki não aceitou conversar sobre o assunto. *A mesma versão foi confirmada em depoimento de Campos a PF logo após o depoimento de Melki. Ele acrescentou ainda que no momento da votação em Cacoal o sistema de apuração ficou fora do ar por algum tempo, segundo entrevista da juíza eleitoral daquele município. Técnicos logo consertaram o sistema e a apuração teria sido retomada sem problema. O suposto técnico que ofereceu a eleição para Melki teria dito que não seria ele o autor da fraude, mas técnicos da empresa que terceiriza o serviço, disse Campos em seu depoimento. *Veja também: *- Melki Donadon presta depoimento na PF e pode desencadear novo escândalo político em RO
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