*O DER (Departamento de Estradas e Rodagens) através da assessoria de comunicação divulgou nota à imprensa onde, o seu diretor geral, Jacques Alblagi, contesta veemente a nota oficial do DNIT, divulgada ontem, em que, segundo ele o órgão federal “utilizando-se de meias verdades e omitindo informações importantes”, tenta responsabilizar o Estado pelas péssimas condições das estradas federais em Rondônia.
Em resumo, Jacques diz que dos R$ 12,4 milhões que a União se comprometeu a repassar ao Estado, apenas R$ 8,897 milhões foram liberados. Mas, para espanto do DER e das autoridades estaduais, o DNIT impediu a utilização de R$ 7,668 milhões, alegando que o órgão havia se enganado na rubrica da liberação do recurso e que esse valor não poderia ser utilizado pelo DER.
*Jacques explicou ainda que uma das “meias verdades” comentadas pelo DNIT se tratava da devolução de R$ 3,84 milhões que faziam parte do convênio.
“O DNIT omitiu que a devolução dos valores foi feita porque o próprio DNIT assim nos obrigou, na medida em que aquele órgão federal liberou os recursos numa rubrica orçamentária equivocada e exigiu que nós devolvêssemos esse valor. Ou seja, o erro do convênio foi dele e jamais nosso”, disse o diretor do DER.
*Jacques destaca também outras informações que ele chama de “desfocadas da realidade”, em relação à nota do DNITt. Diz por exemplo, que no pior trecho da BR 429, de São Miguel a Costa Marques, onde o órgão federal garante haver contratado de manutenção com uma empresa particular, “quem está fazendo a manutenção, socorrendo motoristas e mantendo a estrada aberta, mesmo que em condições precárias de tráfego, são as máquinas e os servidores do DER”. Prova disso, diz ele, é a estrutura a disposição, colocada no local, pelo DER: duas retroescavadeiras, uma pá carregadeira, dois tratores de esteira, quatro caçambas, um comboio e uma pick up. “Não fosse esse investimento do estado, a BR 429 estaria totalmente intransitável, muito pior do que está”, acentua.
*O diretor do DER reforçou na nota à imprensa que o valor de R$ 8,879 milhões do DNIT foram realmente repassados. Mas reafirma que o DER foi impedido de incluir em seus gastos de convênio as obras de construção de pontes. A proibição desse tipo de investimento, de acordo com Jacques, veio do próprio DNTI, em memorando datado de 1º de setembro do ano passado. Nele o Departamento solicita a exclusão das obras de construção das pontes em concreto armado, no valor total de R$ 7.688.359,96. Ou seja: foram liberados na realidade apenas uma parte (R$ 1.960.641,00) dos recursos que alega em nota, erroneamente, ter liberado para as estradas federais rondonienses.
*O diretor do DER, Jacques Alblagi diz que o Estado quer e precisa da parceria do DNIT e da União para amenizar a caótica situação das estradas federais.
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Saiba mais sobre o caso:
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Recuperação da BR 429 dependerá de investimentos federais - Fotos