Vilhena - Acadêmicos de Jornalismo fecham universidade por falta de aulas

Vilhena - Acadêmicos de Jornalismo fecham universidade por falta de aulas

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Foto: Divulgação

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*Professores, funcionários e alunos do campus da Universidade Federal de Rondônia (Unir), em Vilhena foram impedidos de entrar no prédio da universidade na noite desta terça-feira 04. No segundo dia de aula do ano, acadêmicos do curso de Jornalismo fecharam, literalmente, o prédio.* Motivados pela falta de professores, os acadêmicos colocaram correntes e cadeados nos portões que dão acesso ao estacionamento interno do campus e na porta da entrada principal da universidade. Os alunos também queimaram pneus na frente do prédio e picharam os vidros. Gritando palavras de ordem eles exigiam o retorno de dois professores que há oito meses apresentam atestados médicos.Exigiram, ainda, que os outros professores de jornalismo disponíveis assumam o mínimo de horas/aulas para o qual foram contratados.* Houve um princípio de tumulto envolvendo alguns acadêmicos que queriam entrar no prédio, mas a maioria dos alunos dos outros cursos do campus foi solidária ao protesto. *A revolta dos acadêmicos começou na segunda-feira 03, primeiro dia de aula. Ao chegarem à Universidade, os alunos da 1ª turma que deveriam estar no último semestre do curso, constataram que teriam apenas uma das cinco disciplinas oferecidas no semestre: a disciplina de Radiojornalismo ministrada por uma professora voluntária, Solange Silva Muller. Os dois professores efetivos do curso designados para ministrar as quatro disciplinas restantes não dariam aulas novamente. *Desde agosto de 2005, os professores Rômulo Oliveira Chaia e Maria Cidália Tojero estão afastados do trabalho por motivos de doença, fato que já deixou os alunos sem aulas no ano passado. Ambos estão em suas cidades de origem, Juiz de Fora (MG) e Rio de Janeiro (RJ), de onde enviam constantes atestados médicos.* A doença dos dois é a mesma: depressão. “Até hoje nenhum dos professores passou por uma junta médica em Rondônia. Estamos sendo prejudicados pela falta de rigor e pela inoperância do departamento de Recursos Humanos da Universidade em Porto Velho”, disse o acadêmico Dejanir Haverroth. No caso de Cidália, ficou patente o desinteresse de dar aulas em Vilhena, uma vez que a professora desocupou a casa onde morava levando todos os móveis para o Rio de Janeiro. *Já Rômulo Chaia deu apenas um semestre de aula desde que foi contratado, passando mais tempo de licença médica do que em sala de aula, mesmo estando em estágio probatório. “Enquanto isso, os professores continuam recebendo do governo para não dar aulas”, completou o aluno Leandro Pandolpho. *Outro fator que contribui para a revolta dos acadêmicos foi o desinteresse dos outros dois professores, Gilbert Angerami e Elisabeth Kimie Kitamura, em ministrar aulas para a turma. Angerami alega não ter conhecimento específico das disciplinas oferecidas e por isso se recusa a dar as aulas para a turma. O professor também usa como argumento o fato de não ser formado em jornalismo o que o impede de ministrar certas disciplinas. Argumento que fez questão de esquecer quando pleiteou o registro profissional de jornalista junto ao Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Rondônia e posteriormente o cargo de delegado regional do sindicato em Vilhena. Outra contradição do professor: ele já ministrou para a mesma turma outras disciplinas das quais também dizia não ter conhecimento específico. * Elisabeth argumentou que não acha justo que os dois professores sejam sobrecarregados pela falta de Cidália e Rômulo. Ela disse que o problema não se restringe apenas ao campo docente, mas principalmente ao setor administrativo da universidade. Mesmo assim se comprometeu em resolver o problema, enquanto chefe do departamento ao qual o curso é subordinado. Gilbert não foi localizado pela reportagem. Durante a semana ele esteve afastado por problemas de saúde. O motivo apresentado no atestado médico: depressão. *Negociação *A manifestação dos acadêmicos começou às 18h30 e só terminou por volta das 22h, após mais de uma hora de negociação entre alunos, direção do campus e chefia de departamento. Os alunos pediram que Gilbert e Elisabeth assumissem as aulas do professores licenciados, cumprindo assim a carga horária mínima que é de 12 horas/aulas semanais. Atualmente os dois professores ministram apenas 8 horas/aulas. Elizabeth afirmou que vai assumir uma das disciplinas e que está negociando com a professora voluntária Solange Silva, para que ela assuma outras duas disciplinas*. Uma quarta matéria ficaria a cargo de Gilbert Angerami. “Também estaremos entrando em contato com professores que passaram no concurso da última semana para ver a possibilidade deles assumirem algumas disciplinas como voluntários”, disse Elisabeth. Foi acordado que as reivindicações seriam levadas na próxima reunião departamental marcada para a segunda-feira 10, onde o pleito dos alunos seria homologado pelo departamento. Os acadêmicos prometeram novas e mais intensas manifestações caso o problema não seja solucionado na reunião.
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