Hoje não tem filme programado pelo CineOca devido à mostra de Cinema Francês Contemporâneo, que está em cartaz no Cinesesc desde o dia 4, sempre as 20h, uma oportunidade imperdível para os amantes da sétima arte. A atração, trazida pelo Sesc Nacional, faz parte das comemorações do Ano da França no Brasil, com filmes que demonstram as várias tendências, linguagens e temas no país dos irmãos Lumiere, considerados os inventores do cinema.
Os cineclubistas de Porto Velho recebem com satisfação a programação e recomendam comparecimento neste dois últimos dias de Mostra, em que se poderá conferir as produções “A França”, de Serge Bonzon e “Tudo Perdoado”, de Mia Hansen-Love, ambas premiadas em vários festivais. Nos filmes exibidos até agora momentos de emoção, reflexão e surpresa em produções questionadoras da sociedade contemporânea. “É muito interessante ter acesso a obras com outro ritmo, cenário, tema, que fogem ao padrão holywoodiano”, comentou o jornalista Antônio Alves, presente na sessão de ontem, no filme “Povoado Number One”, de Laurent Achard.
Elza Gonçalves, outra frequentadora da mostra, conta que não perdeu nenhum dia. “Adoro cinema. É uma forma de refletir sobre o mundo e a condição humana. Esta mostra corresponde a essas expectativas. Todas são produções de alta qualidade”, opina.
Sinopse dos filmes
terça-feira, 10/11
Tudo Perdoado (Tout est pardonné (2007) – Drama – Duração 105’) de Mia Hansen-Love, vem logo à noite, às 19h. Victor vive em Viena com Annette, sua esposa e sua filha Pamela. É primavera. Fugindo do trabalho, Victor passa dois dias fora, brinca com a filha e vadia no parque. Apaixonada, Annette está confiante que ele se ajeitará. Mas Victor não abandona os maus hábitos e acaba se apaixonando por uma jovem junkie. Onze anos depois, Pamela descobre que o pai vive na mesma cidade e decide vê-lo novamente. Recebeu o Prêmio Louis-Delluc 2007 de Melhor Primeiro Longa-Metragem.
Quarta-feira, 11/11
A França (La France (2007) – Drama - Duração 102) com Serge Bozon na direção. No outubro de 1917, a guerra prossegue. A milhas de distância do campo de batalha, a jovem Camille leva uma vida marcada pelas notícias que seu marido manda do front. Um dia ela recebe uma carta em que ele termina o casamento. Desnorteada e determinada a continuar a qualquer custo, Camille decide se disfarçar de homem para encontrá-lo. Ela segue direto ao front de guerra, cortando caminho pelos campos para evitar as autoridades. Numa floresta, passa por um pequeno grupo de soldados que não suspeita de sua identidade. Ela os segue e assim embarca numa nova vida e, conforme os dias e as noites passam, descobre o que nunca poderia imaginar, o que seu marido nunca lhe contou e o que seus novos companheiros irão evitar lhe mostrar: a verdadeira França Com premiações do Laureado do Prêmio Jean Vigo 2007 de Melhor Longa-Metragem e do Prêmio de Melhor Cineasta de Ficção do Festival Internacional de Cinema Contemporâneo de México – Ficco 2008.