ALMANAQUE 37 - Mesmice da Globo, Perdidos no Espaço, Nara Leão e Coleção Aplauso

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ALMANAQUE 37 - Mesmice da Globo, Perdidos no Espaço, Nara Leão e Coleção Aplauso

Foto: Divulgação

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BATE-PAPO Por Humberto Oliveira

Mais um ano chega ao fim. Infelizmente as estações de televisão (leia-se Globo, Record, Bandeirantes, Rede TV e SBT) insistem em presentear o entediado telespectador com uma maratona de programas exibidos o ano inteiro, dizendo que a programação é “especial”. Vê se pode uma coisa dessas? Cadê o bom senso e o respeito a quem fica do lado de cá da telinha? Claro que não consta da programação.

Só para citar uma, Rede Globo, que mais uma vez oferece bombas como Show da Virada, apresentado pela centésima vez pelo chato do Fausto Silva, com destaque para “os melhores do ano” premiando o melhor ator, atriz, música, ator ou atriz revelação, melhor cantor (Fábio Junior é um dos concorrentes e olhe que ele nunca foi cantor!), e ainda aqueles especiais que a Globo insiste em empurrar, ou mesmo o repetitivo show de Roberto Carlos, que há mais de vinte anos faz o mesmo show.

A melhor maneira de escapar do ataque de mediocridades é alugar uns dez dvds dos mais variados estilos, ou melhor, sair com a família para almoçar ou jantar fora, ou quem sabe ser radical e simplesmente apagar a luz e dormir. Afinal de contas a vida continua na manhã seguinte.

Na coluna Almanaque desta semana…

Quem está beirando os quarenta anos com certeza conhece ou ouviu falar em Irwin Allen, o criador de séries como Terra de Gigantes, Viagem ao fundo do mar,Túnel do tempo, Perdidos no espaço, todas cultuadas até hoje pelos fãs.

É exatamente sobre esta última que falaremos agora – Perdidos no espaço lançada em dvd em caixas individuais, sai agora em um pacote especial com as três temporadas juntas numa embalagem especial: maleta exclusiva em forma de disco com suporte interno, dividido em 3 nichos, que acomodam as caixas das temporadas composto por 3 packs, totalizando 23 dvds e acompanha ainda booklet e minipôsteres. Item imperdível para colecionadores de todas as idades. Esta coleção inclui episódios populares como Robinson nº2, Visita a um Planeta Hostil e Revolta das Plantas e muito mais.

A primeira temporada foi ao ar de 1965 a 1966 mostrando as aventuras espaciais da família Robinson, que como o título diz estão perdidos no espaço sideral em sua nave chamada Júpiter 2. No elenco Guy Williams (Zorro da série da Disney) interpreta o cientista John Robinson, sua mulher Maureen é vivida por June Lockhart, e seus três filhos, a mais velha Judy (Marta Kristen), a do meio Penny (Angela Cartwright) e o mais novo Wiil Robinson (Bill Mumy). Completando a tripulação o major Don West vivido pelo canastrão Mark Goddard (que nutre um amor platônico por Judy), no entanto quem rouba a cena é o personagem interpretado por Jonathan Harris que imortalizou seu Zachary Smith, um sabotador atrapalhado que fica preso na espaçonave e graças ao peso extra do clandestino, tem seu trajeto modificado e os Robinsons passam a vagar pelo espaço vivendo as mais estranhas e espetaculares aventuras. Isso sem falar no Robô (Bob May) a princípio programado para assassinar os Robinsons, mas Will o reprograma. Pronto. Está formado o trio que conquistaria o público.

Smith sempre pondo Will nas piores enrascadas, assim como a sua família, e ainda reclamando o tempo inteiro de cansaço, que é um homem frágil, doente e as turras como Robô, a quem chama de “lata de sardinha enferrujada”,entre

Perdidos no espaço teve ao todo três temporadas, de 1965 a 1968, sendo a primeira produzida em preto e branco e as duas restantes em cores. Foi cancelada pelos baixos índices de audiência do terceiro ano, sem que os viajantes do espaço voltassem para casa no planeta terra.

Se você não do tipo de gosta de séries americanas antigas,que tal voltar no tempo e assistir um dos melhores shows mostrados na televisão brasileira. Trata-se de Nara Leão – Programa Ensaio, gravado em 1973 e que agora é lançado em dvd pela Biscoito Fino.

O programa criado pelo historiador e jornalista Fernando Faro, que durante mais de trinta anos recebeu artistas dos mais diversos estilos musicais, como Chico Buarque e Amado Batista, Orlando Silva e Quinteto Violado, Renato Borghett e Dominguinhos, e muitos outros mais em cerca de quinhentos programas gravados.

Nara Leão foi uma das mulheres mais importantes do Brasil da segunda metade do século XX. Não só pela qualidade artística do que sempre produziu, como também por sua capacidade de estimular tudo e todos à sua volta com sua curiosidade, inconformismo e vontade de descobrir coisas novas. Nara Leão lançou cantores e compositores como Fagner e Belchior, e redescobriu gênios esquecidos da nossa música como por exemplo Nelson Cavaquinho, Cartola, Zé Kéti e João do Vale.

Em Nara Leão – Programa Ensaio a proclamada “musa da bossa nova” interpreta canções de Chico Buarque – Soneto, A Banda, Tatuagem, Quem te viu, quem te vê, Com açúcar, com afeto, Joana Francesa, Quando o Carnaval Chegar. De Vinicius de Moraes e Baden Powell (Berimbau), Vinicius e Carlos Lyra (Você e eu), Vinicius e Tom Jobim (Insensatez), Edu Lobo e Torquato Neto (Pra dizer adeus), e clássicos de Ary Barroso (Camisa amarela), Lamartine Babo, João de Barro e Alberto Ribeiro (Cantores do Rádio), Wilson Batista e Marino Pinto (Preconceito), Assis Valente (Fez bobagem), isso sem esquecer os antológicos Diz que fui por aí e Opinião ambas de Zé Kéti e Carcará de João do Vale.

O programa dirigido por Fernando Faro e Kati Almeida Braga tem direção artística de Olívia Hime.

O dvd Nara Leão – Programa Ensaio, com certeza é uma ótima oportunidade de ouvir boa música e também uma opção para presentear neste fim de ano que se aproxima.

Depois de assistir as três temporadas de Perdidos no espaço, em seguida ouvir Nara Leão, que tal encerrar o dia com uma boa leitura? A Coleção Aplauso acaba de lançar mais quatro novos volumes intitulados - Ary Fernandes: Sua fascinante história; Críticas de Luiz Geraldo de Miranda Leão: Analisando cinema, críticas de LG; Críticas de Rubem Biáfora: A coragem de ser, e por fim - Marisa Prado: A Estrela, O Mistério.

No volume intitulado Ary Fernandes: Sua fascinante história o leitor mais jovem fica sabendo e o mais velho recorda que Ary Fernandes foi o criador da lendária série de televisão exibida pela TV Tupi, O Vigilante Rodoviário, imortalizado por Carlos Miranda que viveu durante 38 episódios muitas aventuras sempre ao lado do fiel companheiro, o cão pastor alemão Lobo,

Ary Fernandes, que, associado a Alfredo Palácios, produziu e dirigiu os 38 episódios, sendo 23 em 1961 e 15 e 1962. Não satisfeito, Ary retornou em 1967 com outra série de TV, Águias de Fogo (com 26 episódios), ambas depois também adaptadas para filmes de longa-metragem, exibidos no cinema. Ary era locutor e radioator quando foi trabalhar nos estúdios da Maristela Filmes participando de filmes clássicos do estúdio.

Nos anos 70, foi produtor de filmes de Alfredo Sternheim, Egydio Eccio e Fauzi Mansur. Também continuou a dirigir filmes infantis e eróticos. Essas e outras histórias são contadas com bom humor e nostalgia neste livro, escrito pelo historiador Antonio Leão da Silva Neto autor de Astros e Estrelas do Cinema Brasileiro, Dicionário de Filmes Brasileiros - Longa Metragem, que lista toda a produção nacional desde 1908 e o mais recente - Dicionário de Filmes Brasileiros - Curta e Média-Metragem e agora esta biografia de Ary Fernandes para a Coleção Aplauso.

Outro título lançado na Coleção Aplauso é este Críticas de Luiz Geraldo de Miranda Leão: Analisando cinema, críticas de LG. A jornalista Neusa Barbosa faz a apresentação desta coletânea de alguns textos do crítico de cinema Luiz Geraldo de Miranda Leão, um dos mais conhecidos críticos de cinema fora do eixo Rio - São Paulo e organizados pela também jornalista Aurora Miranda Leão (filha do crítico)

O extenso material fixa-se em grandes cineastas como Bergman, Fellini, Orson Welles, Kubrick e grandes filmes A Aventura, de Antonioni, A Noite Americana, de Truffautt e outros, destacando também destacando tambl a Miranda Lesa Barbosafiel companheiro, o caais, ante mais de trinta anos recebeu artistas como Chique os criadores brasileiros como Walter Hugo Khoury e ainda filmes recentes - Cidade Baixa; Cinema, aspirinas e urubus

Miranda Leão (com quem tive a oportunidade de conversar sobre cinema numa das vezes que estive em Fortaleza) é professor catedrático da Universidade Federal do Ceará, e teve seu interesse despertado pelo cinema assistindo, quando garoto, às filmagens de It's all true, de Orson Welles, iniciando assim uma paixão que nunca morreu.

A Coleção Aplauso lança também Críticas de Rubem Biáfora: A coragem de ser escrito pelo jornalista Carlos Maximiano Motta que recolheu os melhores textos do polêmico crítico Rubem Biáfora (falecido em há dez anos), que durante mais de trinta anos, dos anos 50 aos anos 80 escreveu sobre cinema em sua coluna semanal no O Estado de São Paulo e que foi o mais influente e importante crítico de cinema do Brasil.

Rubem Biáfora não tinha medo de fazer inimigos com suas opiniões muito pessoais, por vezes polêmicas, assim como os textos sobre seus cineastas favoritos, o cinema japonês, Walter Hugo Khouri, Antonioni conquistou o leitor e foi pioneiro valorizando o cinema de autor, Orson Welles, os filmes B americanos, antes que isso entrasse na moda.

Inédito em livro, Críticas de Rubem Biáfora: A coragem de ser esta é uma primeira tentativa de recolher alguns de seus textos

E para finalizar a sessão de leitura, indicamos também - Marisa Prado: A Estrela, O Mistério

Nascida em 1930, Marisa Prado foi umas das maiores estrelas da Companhia Cinematográfica Vera Cruz. Marisa atuou interpretando papéis principais em diversos filmes de sucesso - Terra é sempre terra e Tico-tico no fubá (ambos de 1952), Candinho (1954), com Mazzaropi e, principalmente, O Cangaceiro, de Lima Barreto que, em 1953, ganhou o Prêmio Especial do Festival de Cannes e fez bem sucedida carreira internacional onde viria a atuar em 14 produções entre 1955 e 1966.

A vida de Marisa Prado é contada pela primeira vez em livro, nesta obra de um fã e amigo, Luis Carlos Lisboa, que pesquisou cartas e mensagens pessoais, num cuidadoso trabalho que também é uma homenagem à estrela.

Luiz Carlos Lisboa, formado em odontologia e jornalismo foi idealizador do Festival de Cinema de Gramado, tendo por base o I Festival de Cinema de Punta del Leste.

Mais uma vez a Coleção Aplauso oferece aos leitores ótimas obras escritas e organizadas por autores, historiadores e jornalistas de primeira linha. Bravo!

Amigos da Coluna Almanaque ficamos por aqui prometendo mais uma vez voltar na próxima semana com mais novidades. Um forte abraço e até lá.

Humberto Oliveira é bacharel em jornalismo e aguarda ansiosamente pelo Especial de Fim de Ano de Roberto Carlos, pois canta junto com o Rei a música “Emoção” pela enésima vez.

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