Impressões: Toyota C-HR chega ao Brasil em 2018

Veja como anda o novo Toyota C-HR, importado derivado do Prius

Impressões: Toyota C-HR chega ao Brasil em 2018

Foto: Divulgação

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A Toyota sabe que toda fábrica com pretensões de crescer no Brasil deve ter presença significativa no segmento de SUVs, mercado em que atualmente ela possui apenas duas opções: o grande SW4, feito na Argentina, e o médio RAV4, vindo do Japão.

Para aumentar a oferta de SUVs no Brasil, a Toyota tem planos de produzir aqui o novo C-HR, que tem porte de Honda HR-V e Hyundai Creta. Enquanto isso não acontece (o que seria somente em 2020), ela vai importar o modelo de sua fábrica na Turquia já a partir do segundo semestre de 2018.


Para garantir que ele chegue com preço competitivo (o que não ocorre com o RAV4), o plano é trazer a versão híbrida, que paga menos impostos (e pode se beneficiar ainda mais, nesse sentido, com maiores incentivos dentro do plano Rota 2030, atualmente em estudos no governo).

Ainda é cedo para falar de preço, mas, considerando o RAV4, de R$ 159.290, e que o CH-R é baseado na plataforma do Prius, de R$ 126.600, concessionários estimam que o novo SUV ficaria hoje ao redor de R$ 140.000 – pouco acima do recém-lançado Chevrolet Equinox (que é 29 cm maior), e parte dos R$ 134.900. Para antecipar o que vem por aí, fomos até a Dinamarca experimentar o Toyota.


O CH-R é classificado como híbrido paralelo, ou seja: pode ser tracionado por qualquer um de seus dois motores (nos híbridos em série, somente o motor elétrico traciona, enquanto o outro funciona apenas como gerador). Ele é equipado com motor a gasolina 1.8 de 98 cv e um elétrico de 72 cv. A potência combinada do sistema é de 122 cv. A transmissão híbrida é formada por uma embreagem que conecta os dois propulsores e o câmbio do tipo CVT. A tração é 4×2, dianteira.

O parentesco com o Prius é grande. Dizer que o C-HR usa a mesma plataforma não é suficiente para expressar a proximidade, uma vez que eles compartilham não só o chassi mas toda a arquitetura, incluindo direção, freio, suspensão, sistemas agregados e chicote elétrico. Essa arquitetura é a nova matriz modular da Toyota, conhecida pela sigla TNGA (Toyota New Global Architecture), que também servirá de base para a próxima geração do Corolla.


Falando do design, assim como o VW Golf e o Tiguan, que usam a mesma plataforma MQB, têm pouca semelhança, C-HR e Prius pouco se parecem – o que é bom para o C-HR, porque o Prius está longe de ser bonito, ao contrário do C-HR. Os mais atentos vão reconhecer similaridades em detalhes como vincos, recortes e, eventualmente, algum componente compartilhado, o que é natural. Mas, no conjunto, o C-HR é bem mais atraente.

Por fora, chamam a atenção a curvatura do teto, a coluna traseira e os arcos das rodas bem definidos. Por dentro, a tela da central multimídia rouba a cena, mas há elementos interessantes como o filete de iluminação ambiente que percorre toda a parte frontal da cabine, de uma porta a outra passando pelo painel.


O acabamento é de boa qualidade tanto na confecção das peças bem encaixadas quanto na qualidade dos materiais. O painel de plástico é revestido de couro, na parte superior; tecido emborrachado, na porção inferior; e preto brilhante na região frontal. Os instrumentos com iluminação e mostradores azuis são os únicos indicativos de que se está ao volante de uma versão híbrida (por fora, há os emblemas com contornos azuis e a inscrição Hybrid, na traseira).


Antes de apertarmos o botão Start, há que se comentar que esse é um carro pensado para quatro ocupantes, já que o passageiro central traseiro viaja apertado. Para os demais, a posição elevada dos assentos traseiros permite criar um efeito de auditório, mas o espaço é um pouco claustrofóbico pelas formas da carroceria na altura da coluna traseira, que também prejudica o acesso à cabine. O porta-malas tem a capacidade de 377 litros.

Confira as fotos:

 

 

 

 

 

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