Embora seja a evolução do nosso ix35, o New Tucson – fabricado no Brasil – parece pertencer a uma categoria superior. Com seus 4,48 metros decomprimento, 1,85 de largura e 1,66 de altura, ele é maior que o ix35 (respectivamente, 4,41 metros, 1,82 e 1,66).
Foto: Divulgação
Receba todas as notícias gratuitamente no WhatsApp do Rondoniaovivo.com.
Este é o New Tucson. Para nós, brasileiros, uma grande novidade. Para o restante do mundo, uma nova geração do ix35, que, por sua vez, nada mais é do que a segunda geração do velho Tucson.
Essa salada fica ainda mais interessante quando se entra no showroom da Hyundai. A aposta acumulada da marca nos SUVs é nítida: Tucson (R$ 69.990), Creta (R$ 72.990), ix35 (R$ 99.990), New Tucson (R$ 138.900), Santa Fe (R$ 177.276) e Grand Santa Fe (R$ 199.990).
Embora seja a evolução do nosso ix35, o New Tucson – fabricado no Brasil – parece pertencer a uma categoria superior. Com seus 4,48 metros decomprimento, 1,85 de largura e 1,66 de altura, ele é maior que o ix35 (respectivamente, 4,41 metros, 1,82 e 1,66). Ao vivo, as formas dão uma presença muito mais impactante ao New Tucson.
Na dianteira, a grade hexagonal – principal elemento da assinatura visual da Hyundai – segue destacada. A parte superior une os faróis horizontais,que, na versão mais equipada, é do tipo full led, com projetor. No centro, a mais alta das três barras vazadas sustenta o H característico da marca. O capô segue a atual tendência de invadir as laterais, se integrando ao topo dos para-lamas.
No perfil, molduras de plástico sem pintura nas caixas de roda conferem robustez à carroceria, que, por sua vez, se livrou do excesso devincos notados no ix35 e ficou mais elegante. Na traseira, lanterna bipartidas com proporção invertida: agora, a parte maior fica na tampa do porta-malas.
Por dentro, o New Tucson também tem muitas novidades em relação ao ix35. Apesar de exibir a mesma distribuição básica de saídas de ventilação verticais com tela do sistema multimídia ao centro, o painel é mais moderno, com seus dois andares bem definidos. Mas também há críticas a fazer. Quadro de instrumentos e teclas com iluminação azul têm visual um tanto simplório.
O painel poderia ser emborrachado, como no Renegade e no Compass, a dupla de SUVs da Jeep. Mas é preciso ser justo: apesar de rígido, o plástico tem toque e visual agradáveis. Além do que, a montagem é excelente, sem cantos vivos, espaços irregulares ou vibração.
Diferente do New Tucson que andamos em Portugal e que estrelou a capa da edição de julho de 2016, a versão vendida no Brasil não terá, de acordo com o material de divulgação da Hyundai, freio de estacionamento eletrônico. No nosso New Tucson, o acionamento é feito por pedal.
A versão que aparece nas fotos é a intermediária, GLS, de R$ 147.900. Há ainda a GL, de entrada, de R$ 138.900 (sem teto solar e com faróis, lanternas, computador de bordo e acabamento mais simples), e a Top, de R$ 156.900, que oferece ainda bancos dianteiros com ventilação e aquecimento, moldura cromada nos vidros, assistente de estacionamento e retrovisores externos com detecção de veículos em pontos cegos.
Desde a configuração básica, há seis airbags, controles de tração e estabilidade e faróis automáticos. Sobre o mix previsto, a marca diz que a intenção é trazer apenas 30 unidades da Top e que a procura deverá se concentrar na intermediária GLS.
A oferta de espaço é boa tanto na dianteira quanto na traseira, onde o túnel baixo facilita a acomodação dos visitantes. Saídas de ventilação dedicadas ampliam ainda mais o conforto. E se todos exagerarem na bagagem antes de viajar, o porta-malas de 513 litros de volume muito provavelmente dará conta do recado.
O mais interessante, não por acaso, ficou para o final: o powertrain. Tanto motor como câmbio do New Tucson são inéditos no Brasil. Sob o capô, o quatro cilindros 1.6 pode fazer com que os desavisados digam: “Não é um motor muito pequeno para um carro tão grande?”.
Seria, caso ele não tivesse o auxílio de turbocompressor e injeção direta de gasolina. São 177 cv depotência e 27 mkgf de torque (queima apenas gasolina), bem mais, portanto, do que o também estreante Jeep Compass, com seu 2.0 flex de 166/159 cv e 20,5/19,9.
Com o New Tucson parado e em rotação de marcha-lenta, confesso que precisei olhar no painel algumas vezes para conferir se o motor estava ligado, de tão silenciosa e isenta de vibração que estava a cabine.
O câmbio também merece destaque. Trata-se de uma caixa automatizada de dupla embreagem e sete marchas, com opção de trocas sequenciais por meio da alavanca seletora. Rápida e silenciosa, ela extrai o melhor do 1.6 turbinado. A aceleração (0 a 100 km/h em 8,8 segundos) e as retomadas são vigorosas, mas quando o ímpeto é controlado, as mudanças de marcha são suaves, quase imperceptíveis.
E o melhor: o consumo fica empolgantemente baixo: 11,1 km/l na cidade e 13,9 km/l na estrada – o Compass flex, dono de um 0 a 100 km/h em 12,3 segundos, apontou consumo urbano de 8 km/l e rodoviário de 11 km/l.
Mesmo assim, o New Tucson GLS tem um grande desafio pela frente: ele quase empata com os R$ 149.990 do Jeep Compass Trailhawk com motor 2.0 turbodiesel, câmbio de nove marchas e tração 4×4. Aí fica difícil.
Veredicto QUATRO RODAS
Bonito, espaçoso, bem-acabado e eficiente, o New Tucson é caro. O Jeep Compass é o alvo a ser batido.
Teste de pista (com gasolina)
Aceleração de 0 a 100 km/h: 8,8 s
Aceleração de 0 a 1.000 m: 30,1 s – 176,2 km/h
Retomada de 40 a 80 km/h (em D): 3,6 s
Retomada de 60 a 100 km/h (em D): 4,5 s
Retomada de 80 a 120 km/h (em D): 5,8 s
Frenagens de 60 / 80 / 120 km/h a 0: 17,1 / 29,5 / 67 m
Consumo urbano: 11,1 km/l
Consumo rodoviário: 13,9 km/l
Ficha técnica – New Tucson GLS 1.6 T-GDI
Preço: R$ 147.900
Motor: gas., diant., transv., 4 cil., 1.591 cm3, 16V, 177 cv a 5.500 rpm, 27 mkgf a 1.500 rpm
Câmbio: automatiz., dupla embr., 7 marchas, tração diant.
Suspensão: McPherson (diant.) e multilink (tras.)
Freios: discos ventilados (diant.) / sólidos (tras.)
Direção: elétrica
Rodas e pneus: liga leve, 225/55 R18
Dimensões: comprimento, 447,5 cm; largura, 185 cm; altura, 166 cm; entre-eixos, 267 cm; peso, 1.609 kg; tanque, 62 l; porta-malas, 513 l
Equipamentos de série: ar digital, controles de estabilidade e tração, teto solar panorâmico elétrico, banco do motorista com ajustes elétricos, airbags laterais e cortina
A política de comentários em notícias do site da Rondoniaovivo.com valoriza os assinantes do jornal, que podem fazer comentários sobre todos os temas em todos os links.
Caso você já seja nosso assinante Clique aqui para fazer o login, para que você possa comentar em qualquer conteúdo. Se ainda não é nosso assinante Clique aqui e faça sua assinatura agora!
* O resultado da enquete não tem caráter científico, é apenas uma pesquisa de opinião pública!