Assinaram a carta os nove governadores do Nordeste, além dos mandatários de Amapá, Espírito Santo, Rio Grande do Sul, Pará, Paraná, Rio Grande do Sul e São Paulo
Foto: Divulgação
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Uma carta à cúpula do Congresso foi assinada por governadores de 16 estados brasileiros. O texto pede que o valor do auxílio emergencial neste ano seja de R$ 600 por mês. Portanto, mais alto do que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) prevê pagar. O governador de Rondônia, Marcos Rocha (Sem Partido), não assinou o documento apoiando a iniciativa.
Assinaram a carta os nove governadores do Nordeste, além dos mandatários de Amapá, Espírito Santo, Rio Grande do Sul, Pará, Paraná, Rio Grande do Sul e São Paulo. A lista, portanto, inclui políticos próximos de Bolsonaro, como o governador Ratinho Júnior (Paraná).
“É importante entender o esforço de mitigação da crise atual para os mais vulneráveis como extraordinário e temporário”, diz o texto.
Os governadores dos estados abaixo assinados apoiam a iniciativa das 300 organizações que compõem a
“Campanha Renda Básica que Queremos” e solicitam a adoção das providências necessárias para garantir
segurança de renda à população, associada às medidas de distanciamento social, essenciais para serem
adotadas neste momento de intenso aumento de casos e mortes decorrentes da Covid-19.
Temos o cenário dramático de quase 300 mil vidas perdidas. Diariamente, vemos recorde de mortes, lotação de
leitos hospitalares, ameaça de falta de medicamentos e esgotamento das equipes de saúde. O calendário
nacional de vacinação e a obtenção de novas doses de imunizantes contra a Covid-19 estão mais lentas do que
as respostas que precisamos para reverter esse quadro.
Agir contra esse cenário requer medidas sanitárias e garantia de uma renda emergencial. Somente com essas
medidas seremos capazes de evitar o avanço da morte. Por isso, entendemos que a redução dos valores do
auxílio emergencial é inadequada para a eficácia da proteção da população. Enquanto a vacinação não acontecer
em massa, precisamos garantir renda para a população mais vulnerável.
Por isso, solicitamos ao Congresso Nacional que disponibilize os recursos necessários para o Auxílio Emergencial
em níveis que superem os valores noticiados de R$ 150,00, R$ 250,00 e R$ 375,00.
Exatamente há um ano, no início da pandemia, os Governadores manifestaram-se favoráveis à implantação de
uma renda básica no País. Hoje, mais do que nunca, é comprovada a sua necessidade, urgência e o impacto que
se pode alcançar. Por isso, neste momento, defendemos auxílio emergencial de R$ 600,00, com os mesmos
critérios de acesso de 2020.
Não obstante o exposto acima, os signatários desta carta entendem a importância de o País não se desviar de
seu compromisso com a responsabilidade fiscal. É importante entender o esforço de mitigação da crise atual para
os mais vulneráveis como extraordinário e temporário. Logo à frente precisaremos voltar a uma trajetória de
ajustamento fiscal que compatibilize os necessários programas sociais com um financiamento responsável dos
mesmos.
* O resultado da enquete não tem caráter científico, é apenas uma pesquisa de opinião pública!