Ela usava as noções do curso de administração para gerenciar a estrutura financeira da associação criminosa
Foto: Ilustrativa
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Apontada como uma das líderes de associação criminosa que se dedicava à receptação de aparelhos celulares roubados ou furtados, a universitária T. S. C., 23 foi presa na Operação Smart, deflagrada pela Polícia Civil nesta manhã.
De acordo com investigação de equipe da Delegacia Especializada de Roubos e Furtos de Várzea Grande, MT (Derf-VG), ela era responsável pela função estratégica de distribuir os objetos subtraídos.
Segundo a polícia, ela usava as noções do curso de administração para gerenciar a estrutura financeira da associação criminosa, mantendo uma rede de receptadores, organizada em pastas arquivos, em ordem alfabética.
Segundo a delegada delegada titular da Derf-VG, Elaine Fernandes da Silva, a moça ostentava alto padrão de vida. “Inclusive, está construindo uma mansão em um condomínio de luxo na Capital”, disse a delegada.
A ação resultou na apreensão de 80 smarthphones, além da lavratura de 14 procedimentos na delegacia, sendo quatro prisões em flagrante e 10 Termos Circunstanciados de Ocorrência (TCO), relacionados ao crime de receptação.
A operação integra a operação Pública Salutem, desencadeada pela Secretaria de Estado Segurança Pública (Sesp-MT). Todo efetivo operacional da Derf-VG participou da ação, que contou também com o assessoramento do Núcleo de Inteligência da unidade.
Furto à Havan
As investigações iniciaram em maio deste ano, após o furto de aparelhos celulares na loja da Havan, em Várzea grande. O crime ocorreu no dia 04 de maio, ocasião em que os criminosos escalaram o telhado da empresa, invadiram a loja e subtraíram diversos aparelhos das marcas Asus, LG, Motorola, Apple e Samsung, avaliados em R$ 70 mil.
Durante as investigações, a equipe da Derf-VG descobriu a atuação do grupo criminoso, o qual atua alinhado com o mercado receptador, que encomenda a carga aos executores dos roubos e furtos. As cargas de aparelhos celulares, geralmente, são furtadas/roubadas em proximidades de datas comemorativas, nas quais os produtos de origem criminosa, são inseridos no mercado consumidor.
“No caso do furto da Havan, a carga furtada foi, certamente, receptada para ser injetada no mercado consumidor no dia das mães”, disse Elaine.
Para a delegada, identificar e responsabilizar o mercado receptador é tão, ou mais importante, quanto desarticular a associação criminosa responsável pelo roubo/furto. “É importante a sociedade se conscientizar através dos rigores da lei, sobre os danos causados pela receptação, uma vez que, um produto receptado, pode muitas vezes ter sido a causa da perda de uma vida, como em casos de latrocínio”, disse.
Elaine enalteceu o brilhante trabalho realizado pela equipe de investigadores e escrivães da Derf-VG. “Sem a dedicação e o comprometimento de todos não seria possível alcançar êxito no trabalho, que tem objetivo prinicipal de prevenir e reprimir a receptação, que traz danos, muitas vezes irreparáveis a toda sociedade”, finalizou.
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