O traslado foi pago pelo governo acriano. Rhuan Maycon, de apenas 9 anos, foi esquartejado e degolado em Samambaia Norte
Foto: Divulgação
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O corpo do menino Rhuan Maycon da Silva Castro, de 9 anos, chegou a Rio Branco (AC), na madrugada desta quarta-feira (05/06/2019). O traslado foi feito em um voo comercial da Latam . Os gastos foram pagos pelo governo do Acre. O velório está agendado para as 8h e o enterro ocorre na sequência.
O pai da criança, Maycon da Silva Castro, espera encerrar o capítulo macabro dando um sepultamento digno ao menino assassinado brutalmente pela mãe e pela companheira dela, Kacyla Priscyla Santiago Damasceno Pessoa. As duas permanecem presas no Presídio Feminino do Gama, a Colmeia.
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Desempregado, ele afirmou por telefone ao Metrópoles que, se tivesse condições, teria vindo ao DF para liberar o corpo. “Muita gente se sensibilizou com o caso e veio atrás da gente ainda no domingo [02/06/2019 – um dia após a divulgação pela Polícia Civil]”, detalhou.
Para Maycon, a Justiça não fez nada para salvar a vida do filho. “Nós buscamos ajuda na polícia, no Conselho Tutelar, ligamos para todos os lugares possíveis”, lembra. “Nosso advogado conseguiu um mandado, mas ninguém parecia querer ajudar a gente”, ressaltou. Pedidos de informações sobre o paradeiro da criança também foram postados na internet em março, pois o pai não conseguia saber onde estava Rhuan.
Assassinato
O assassinato de Rhuan ocorreu entre as 21h e 22h dessa sexta-feira (31/05/2019). Conforme a polícia, Rosana deu a primeira facada contra o tórax do filho enquanto ele dormia. Kacyla teria segurado a vítima enquanto sua companheira desferia pelo menos mais dois golpes.
Em questão de minutos, a mãe decapitou a criança, e ambas iniciaram o esquartejamento do corpo. Parte da pele do rosto foi retirada e colocada na churrasqueira, acesa pela namorada momentos antes do assassinato. O cheiro forte e o endurecimento da carne teriam demovido as duas do plano de se livrar das provas daquela maneira, e elas se voltaram ao descarte do cadáver mutilado com uso de duas mochilas escolares e uma mala.
A casa em que tudo aconteceu é grudada à residência principal do lote, bem como ao lar do vizinho, mas todos negaram ter escutado qualquer coisa durante a brutalidade. Isso porque um churrasco com música e bebidas acontecia ao lado, e os sons encobriram qualquer ruído do homicídio macabro. A fumaça das carnes sendo grelhadas na residência ao lado também apagaram os odores da tentativa frustrada de queimar a pele de Rhuan.
Por volta das 23h, G., sobrinho da vizinha que mora em frente à cena do crime, saía da casa da tia para uma festa em uma quadra próxima e avistou Rosana deixando o lote. De acordo com ele, a mulher caminhava com uma mala grande nas mãos. Instantes depois, ela ainda passou por uns garotos jogando queimada na rua, que a acertaram sem querer, pediram desculpas e perguntaram o que a mulher carregava. “Roupas velhas”, respondeu, então seguiu seu caminho até a QR 425, em local próximo a uma creche.
Segundo uma testemunha contou à reportagem, alguns rapazes que estariam consumindo maconha nas proximidades viram Rosana, com a mala em mãos, observando uma boca de lobo aberta na beira da pista. Eles também teriam perguntado o que havia na bolsa, e a resposta teria sido a mesma. Ela, então, teria jogado a mala no buraco e partido. Os jovens, que observavam de longe a movimentação da mulher, foram ao local assim que ela sumiu de vista, e um deles desceu na abertura, de olho em algum bem valioso talvez deixado pela mulher.
Na descrição de um dos rapazes que afirmam ter visto a cena, quando o amigo abriu a mala, a cabeça de Rhuan, com uma faca cravejada, rolou para fora – e o jovem saltou em desespero, gritando. Em estado de choque, eles acionaram a polícia.
Por volta das 2h, a corporação foi parar na casa onde Rosana, Kacyla e a filha dela dormiam. Conforme o delegado Guilherme Sousa, estava tudo preparado para uma fuga, pois havia malas prontas e documentos organizados.
O delegado adjunto da 26ª DP acredita que a outra criança tenha testemunhado todo o crime. Ela teria, contudo, fingido que estava adormecida, provavelmente por medo de se tornar vítima também. De acordo com um dos vizinhos que acompanharam as prisões das mulheres, a menina tremia e parecia fragilizada quando saiu de casa.
Veja o que Rosana disse sobre o assassinato:
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