O governo brasileiro prepara um plano de remoção para retirar 32 cidadãos brasileiros que estão na ilha de Saint Martin, no Caribe.
Foto: Divulgação
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O governo brasileiro prepara um plano de remoção para retirar 32 cidadãos brasileiros que estão na ilha de Saint Martin, no Caribe, após a passagem do furacão Irma pela região deixar ao menos 27 mortos em cinco ilhas. No domingo (10), o Irma perdeu a força e atingiu a Flórida , deixando mais três mortos.
Ao todo, 65 cidadãos do país que estão no Caribe são monitorados pelo Ministério das Relações Exteriores, que também trabalha com o governo do Reino Unido para resgatar os brasileiros que estão em territórios britânicos na região.
Os brasileiros sob atenção consular estão localizados nas Ilhas Virgens Britânicas (22 pessoas), em Turks e Caicos (11) e na ilha de Saint Martin (32), território de 87 km2 que pertence parte à França e parte à Holanda e que foi um dos mais devastados pelo Irma.
Segundo o Itamaraty, eles foram deslocados para abrigos, como a maioria das populações locais, as administrações das ilhas não fazem distinção entre locais e turistas ao prestar socorro. Alguns já teriam sido incluídos em planos de remoção executados por França e Holanda.
Nesta terça (12), o governo enviará um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) para Saint Martin, onde as condições meteorológicas melhoraram. Em Tortola (Ilhas Virgens britânicas) o aeroporto ainda não apresentava condições de pouso até o início da noite de domingo.
O Brasil não tem representação diplomática nos territórios em questão, e o atendimento tem sido feito por telefone e mensagens. Os consulados e embaixadas mais próximos, que trabalham na prestação de assistência, estão em São Cristóvão e Nevis, Barbados e Trinidad Tobago.
SEM CONTATO
Na tarde de domingo, o Itamaraty não contabilizava desaparecidos entre os brasileiros. O ministério, porém, ainda não havia conseguido informações sobre Mariana Fischer Costa, uma médica gaúcha que estava em Saint Martin com o marido e a filha de três anos.
A família de Mariana afirma que tenta conversar com ela desde quinta, quando recebeu uma mensagem de áudio com relatos da tragédia. Costa, que está grávida, embarcou com o marido e a filha em 1º de setembro, e a viagem deveria durar até a próxima semana.
Prima de Mariana, Fernanda Fischer disse à reportagem que no domingo a família recebeu uma mensagem de texto, sem assinatura e de um telefone desconhecido. O recado dizia que estavam na fila para embarcar em um avião militar holandês, para que pudessem deixar a ilha.
"Acho que ela não saiu [de Saint Martin]. Todas as informações que a gente tem são muito desencontradas", disse Fischer, que recebeu do Itamaraty a notícia sobre o envio do avião da FAB, mas sem detalhes.
"A nossa preocupação agora é conseguir avisá-los do avião, porque nos disseram que ele vai chegar às 15h e sair às 15h30. Não tem como ficar esperando", diz a prima da brasileira.
O Itamaraty disponibilizou dois telefones do núcleo de assistência a brasileiros, que trabalhou no fim de semana em regime de plantão, para famílias que estevam à procura de informações de parentes no Caribe.
Na Flórida, onde se estima viverem entre 300 mil e 350 mil brasileiros, além dos turistas, o consulado em Miami foi fechado e temporariamente realocado para Orlando, onde funciona em regime de força-tarefa. Informações de emergência podem ser obtidas pelos números + 1 305-285-6208/6258/6251/6213. Quase 1/3 dos 20,6 milhões de moradores do Estado receberam ordens para deixar suas casas.
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