Suspeito foi baleado após atropelar multidão na Ponte de Westminster e esfaquear policial; caso é tratado como ato terrorista
Foto: Divulgação
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Pelo menos quatro pessoas, incluindo o terrorista, foram mortos em frente ao Parlamento britânico, em Londres, nesta quarta-feira, no que a polícia está tratando como um atentado. Pelo menos outras 20 pessoas ficaram feridas. O agressor, que foi baleado por policiais, teria avançado o carro contra pedestres enquanto dirigia pela Ponte de Westminster, próxima à Casa legislativa. Vários feridos estariam em estado grave, de acordo com fontes médicas.
Segundo a polícia, um mesmo agressor, inicialmente, usou um carro para avançar contra várias pessoas na Ponte de Westminster. Duas pessoas morreram quando o carro, do modelo Hyundai i40, subiu na calçada da ponte. Em seguida, ao chegar na frente do Parlamento, o terrorista saiu do veículo e esfaqueou um policial, que morreu. Vestido de preto e armado com duas longas facas, o suspeito agia sozinho e foi baleado no local.
O ataque forçou o fechamento do Parlamento, além de áreas no entorno, estações de metrô e famosos pontos turísticos como a "London Eye". Pouco depois do episódio, a equipe da primeira-ministra Theresa May informou que ela estava a salvo, e não quis dizer se ela estava no local na hora do ataque. Há relatos, no entanto, de que a premier estava no Palácio de Westminster e foi retirada do local numa forte operação de segurança.
May presidirá um gabinete de crise para lidar com a situação de emergência. O Reino Unido ativou o nível de alerta "grave", o segundo mais alto da sua escala, o que significa que um ataque terrorista é considerado muito provável.
Imagens mostram forte presença de policiais armados na área do Parlamento. Um médico do hospital St.Thomas relatou que alguns feridos apresentam lesões "catastróficas".
Deputados disseram ter ouvido três ou quatro tiros. Quem estava dentro do Parlamento foi orientado a ficar dentro de seus escritórios.
"Estamos tratando este como um incidente terrorista até que saibamos o contrário", tuitou a polícia londrina.
Líder na Câmara dos Comuns, David Lidington afirmou que outros incidentes violentos nos arredores poderiam ter acontecido. Enquanto isso, o Parlamento escocês suspendeu as atividades do dia em solidariedade aos seus vizinhos de Londres.
— Parece que um policial foi esfaqueado e o suposto agressor foi baleado pela polícia. Uma ambulância está trabalhando na cena agora para remover baixas. Há relatos de outros incidentes violentos no Palácio de Westminster mas seria errado que eu entrasse em mais detalhes antes da confirmação da polícia — dissera mais cedo Lidington.
Testemunhas ouvidas pela BBC contaram ter visto pessoas sendo tratadas por ferimentos no local. A "London Eye" foi fechada com turistas dentro, incluindo brasileiro, que ficaram presos na roda gigante por questões de segurança.
— Eu ouvi uma batida, olhei para cima e vi um carro colidindo contra a cerca do Parlamento. Pensei inicialmente que fosse algum tipo de acidente. Depois, ouvi alguns barulhos fortes. Poderiam ter sido tiros, eu não sei. Havia muita fumaça saindo do carro. Eu achei que podia explodir. Telefonei para a polícia, mas alguém já tinha os chamado — relatou Kirsten Hurrell, proprietária de uma banca de jornal perto do Parlamento, ao "Guardian".
O ataque acontece no dia em que os atentados de Bruxelas completam seu primeiro aniversário.
O presidente dos EUA, Donald Trump, já foi informado sobre o episódio. Segundo a Casa Branca, ele telefonou para a premier britânica para condenar o ataque e oferecer seu total apoio ao Reino Unido.
— O presidente acaba de falar com a primeira-ministra May — disse Sean Spicer, porta-voz de Trump. — Condenamos o ataque de Westminster, que o Reino Unido considera um ato de terrorismo e parabenizamos a rápuda resposta da polícia britânica.
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