Uruguai investiga corrupção envolvendo governo Mujica e OAS

O objetivo é investigar irregularidades no contrato para a construção de uma planta de extração de gás operada pela empresa de energia GNLS, sociedade criada pela filial brasileira da francesa Gaz de France (atual Engie) e pela japonesa Marubeni e que con

Uruguai investiga corrupção envolvendo governo Mujica e OAS

Foto: Divulgação

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A Câmara dos Deputados do Uruguai aprovou a criação de uma comissão de inquérito sobre um suposto caso de corrupção durante o mandato de José Mujica (2010-2015) envolvendo a empreiteira brasileira OAS.

A comissão foi aprovada por apenas um voto de diferença (50 a 49), graças à desobediência do deputado Gonzalo Mujica, da Frente Ampla, aliança à qual pertence o ex-mandatário e seu sucessor, Tabaré Vázquez. Apesar do sobrenome, o parlamentar não tem parentesco com José Mujica.

O objetivo é investigar irregularidades no contrato para a construção de uma planta de extração de gás operada pela empresa de energia GNLS, sociedade criada pela filial brasileira da francesa Gaz de France (atual Engie) e pela japonesa Marubeni e que contratou a OAS para as obras.

Léo Pinheiro, ex-presidente da empreiteira, está preso por seu envolvimento no escândalo de corrupção na Petrobras. Segundo o deputado Pablo Abdala, do oposicionista Partido Nacional, que apresentou a denúncia, vários depoimentos à Justiça do Brasil indicam que a operação envolveu propinas, além de o projeto não ter sido concluído, causando um prejuízo de mais de US$ 65 milhões aos cofres públicos.

O caso nasceu em outubro de 2013, quando o Estado uruguaio concedeu à GNLS o direito de construção e operação da planta. Por sua vez, a empresa contratou a OAS para elaborar o projeto executivo da obra e realizá-la. Já a empreiteira brasileira subcontratou diferentes companhias uruguaias para diferentes tarefas.

Segundo Abdala, ele obteve documentos da Justiça brasileira que mostram que o governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT), na época ministro do Desenvolvimento de Dilma Rousseff, se reuniu com um alto funcionário do governo uruguaio para obter o contrato para a OAS, o que acabou acontecendo.

Pimentel já foi indiciado duas vezes pela Polícia Federal por suspeitas de corrupção e lavagem de dinheiro na campanha que o elegeu em 2014. Ele teria recebido propina da Odebrecht para liberar um financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (Bndes) quando ainda era ministro.

Além disso, a PF investiga suposto pagamento de propina de R$ 3 milhões ao governador pela OAS, com base na delação premiada do empresário Benedito Rodrigues Oliveira, o Bené, que atuou na campanha de Pimentel. O dinheiro teria sido pago justamente para favorecer a empreiteira no Uruguai.

 

 

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