Suspeito de matar parente de Sarney consolou família

A Justiça Estadual do Maranhão decretou a prisão preventiva do empresário Lucas Porto, principal suspeito de ter matado a sua cunhada Mariana Menezes de Araújo Costa Pinto — ela é filha do ex-deputado estadual Sarney Neto e sobrinha-neta do ex-presidente

Suspeito de matar parente de Sarney consolou família

Foto: Divulgação

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A Justiça Estadual do Maranhão decretou a prisão preventiva do empresário Lucas Porto, principal suspeito de ter matado a sua cunhada Mariana Menezes de Araújo Costa Pinto — ela é filha do ex-deputado estadual Sarney Neto e sobrinha-neta do ex-presidente da República José Sarney. O crime aconteceu na tarde de domingo dentro do apartamento da vítima, em São Luís. A juíza Andréa Maia expediu o mandado, argumentando que Porto pode intimidar as testemunhas por ter laços de parentesco com elas. Com a decisão, ele continua preso no Complexo Penitenciário de Pedrinhas, na capital maranhense – ele havia sido autuado antes por flagrante.

O empresário nega que tenha cometido o assassinato, mas, segundo a polícia, tem se recusado a fornecer informações. As principais provas contra ele são as imagens de segurança do prédio da vítima. Nelas, ele aparece deixando a jovem e as duas filhas no apartamento após um culto, por volta das 15 horas. Depois, sobe uma segunda vez ao imóvel, permanecendo lá por cerca de 40 minutos. Na sequência, desce com pressa as escadas de emergência e faz uma ligação nos fundos do edifício. E vai embora com o carro. Naquele mesmo dia, Mariana foi encontrada desmaiada e levada a um hospital, onde não resistiu aos ferimentos e morreu.

Segundo relatos de familiares e amigos, o suspeito ainda chegou a ir ao hospital em que Mariana estava e, ao saber da morte, consolou a família. Porto é herdeiro do grupo Planta Engenharia e já tinha sido fichado, em 2007, por porte ilegal de arma, estelionato e falsa comunicação de crime. Na época, ele teria forjado o roubo de veículos para conseguir ressarcimento do seguro.

Segundo a Polícia Civil, Mariana foi morta por asfixia com a ajuda de um travesseiro.

O marido da vítima, Marcos Renato, filho do dono dos Laticínios São José, estava em uma festa no momento do crime e, por isso, foi descartado pela polícia como suspeito. Segundo o delegado que investiga o caso, Lúcio Rogério Reis, do Departamento de Homicídios da Capital, a polícia ainda não sabe a motivação do crime, mas tem “indícios suficientes” para apontar Porto como autor.

“O exame de corpo de delito revelou marcas de ações criminosas contra a vítima. O conjunto de elementos periciais indicam que Lucas Porto figura como o principal suspeito na morte de Mariana Costa”, disse o secretário de Segurança Pública do Maranhão, Jefferson Portela, em coletiva concedida nesta segunda-feira. Segundo a polícia, Porto teria se complicado em seus depoimentos ao explicar as marcas de arranhões que tinha no corpo e o sumiço das roupas que usava no domingo.

 

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