Os trabalhadores pedem aumento de 8,5% nos salários e benefícios, além de melhores condições de trabalho
Foto: Divulgação
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A paralisação dos trabalhadores da aviação tem cancelado e atrasado voos nos três aeroportos de São Paulo: Congonhas, na zona sul da capital, Gru-Airport, em Guarulhos, e Viracopos, em Campinas. A interrupção dos serviços ocorreu entre as 6h e as 7h desta quinta-feira (22) e teve a participação de aeroviários que trabalham em solo como agentes de atendimento, mecânicos e operadores de equipamentos, e aeronautas, que são pilotos e comissários.
De acordo com a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), Congonhas registra 25 voos cancelados e 25 atrasados entre os 104 que estavam previstos da 0h até às 12h. Viracopos teve 11 cancelamentos entre os 78 voos previstos.
A assessoria de imprensa do Gru-Airport informou que a Polícia Militar foi acionada para garantir a segurança de todos durante os protestos. Nesse aeroporto, 21 voos tiveram atrasos superiores a 30 minutos até às 11h. Não houve cancelamentos. Há previsão de efeito cascata nesses aeroportos para os próximos voos.
Rio de Janeiro
O Aeroporto Santos Dumont registra que, dos 72 voos, 15 tiveram atraso e 13 foram cancelados hoje (22). O Riogaleão - Aeroporto Internacional Tom Jobim teve 11 voos atrasados e dois cancelados. As informações são da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero).
Minas Gerais
Catorze voos do aeroporto de Confins, na região metropolitana de Belo Horizonte, atrasaram na manhã desta quinta-feira (22), dia que foi programada a greve em todos os aeroportos do Brasil. Seis foram cancelados.
Brasília
No aeroporto Presidente Juscelino Kubtischek, em Brasília, aeronautas e aeroviários também fazem paralisação. Segundo a Inframérica, concessionária que administra o aeroporto, dos 89 voos previstos entre 0h e 12h, 23 tiveram atrasos. Cinco voos foram cancelados.
Reivindicações
Entre as reivindicações dos aeroviários estão a criação de piso para agente de check-in, vale-refeição de R$ 16,65 para jornada de trabalho de até seis horas, de R$ 22,71 para os demais, seguro de vida no valor de R$ 20 mil, cesta básica de R$ 326,67, jornada de 36 horas semanais. Os aeronautas pedem a definição de valores para as diárias internacionais, o fim do teto para o vale-alimentação, o pagamento para jornadas semanais acima de 44 horas, aumento de folgas mensais, a limitação de trabalho em madrugadas consecutivas, remuneração das horas de solo e o plano de previdência privada.
A assembleia dos trabalhadores está marcada para as 15h de hoje. As categorias pedem reajuste de 8,5% nos salários e benefícios, além de reivindicar questões ligadas ao gerenciamento de risco do cansaço dos tripulantes e à segurança de voo.
Segundo decisão do ministro Barros Levenhagen, do Tribunal Superior do Trabalho, os grevistas devem manter, no mínimo, 80% do serviço durante a paralisação, inclusive no horário das 6 às 7h. A multa diária em caso de descumprimento é R$ 100 mil.
O Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (Snea) argumenta que a paralisação, durante a alta temporada de viagens, pode trazer prejuízos irreparáveis ou de difícil reparação para os usuários do transporte aéreo. O Snea sustenta que a paralisação é ilegal por ter sido deflagrada sem o esgotamento das tentativas de negociação.
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