Casal que matou zelador são suspeitos de outro homicídio

Eduardo Martins e a advogada Ieda Cristina podem estar envolvidos na morte do ex-marido dela em 2005; o publicitário assumiu ter matado um zelador em SP.

Casal que matou zelador são suspeitos de outro homicídio

Foto: Divulgação

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O publicitário que matou um zelador em São Paulo e a esposa, suspeita de ter ajudado a esconder o corpo, são investigados por outro crime: um assassinato no Rio de Janeiro. Eduardo Martins, de 47 anos, e a advogada Ieda Cristina Martins, de 42, podem estar envolvidos na morte do ex-marido dela. Em 2005, José Jair Farias foi encontrado baleado em seu carro na capital fluminense.

Após o assassinato, Ieda recebeu um seguro em dinheiro. Na época ela foi ouvida pela polícia.

Na última sexta-feira, Eduardo se envolveu em uma briga com o Jezí Lopes de Souza. O zelador, segundo o publicitário, bateu com a cabeça na porta e morreu. Ele colocou corpo em uma mala e levou para uma casa de praia, onde esquartejou e queimou os restos mortais.

Para a polícia, a mulher de Eduardo ajudou a carregar a bagagem, mas ele diz que ela não sabia o que era transportado. Ontem, Ieda foi solta graças a uma decisão da Justiça. As polícias do Rio e São Paulo vão trabalhar em conjunto para analisar se uma arma, encontrada no apartamento do casal, foi usada no crime de 2005.

O Brasil Urgente refez os passos do publicitário e de sua mulher desde o desaparecimento do zelador, em São Paulo, até ele ser achado morto, esquartejado e queimado na Praia Grande, no litoral paulista.

 

O caso

Na segunda-feira, o publicitário confessou ter matado o zelador, que estava desaparecido desde sexta-feira. Ele confessou que usou um serrote para cortar o corpo da vítima. O suspeito vai responder por homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver. À polícia, ele diz que a mulher é inocente e não soube do crime.

Segundo o suspeito, tudo começou com uma discussão. "Ele puxou, eu puxei, até que ele caiu com a cabeça no batente da porta. Quando ele caiu, eu fechei a porta, vi os sinais vitais e ele estava morto", explicou.

Depois, o homem o colocou dentro da mala e falou para a esposa que eram roupas para doação. "Nós saímos com a mala, eu a deixei no escritório e levei o corpo até a Praia Grande, onde deixei a mala", disse.

O publicitário afirmou que voltou a São Paulo e disse que queria visitar o pai no dia seguinte porque ele está mal de saúde. No sábado de manhã a polícia fez uma vistoria no apartamento, perguntou sobre as discussões e ele assumiu que não tinha uma boa relação com o zelador. "Mais tarde, fomos para a Praia Grande, pegamos meu pai e voltamos para São Paulo. No domingo, eu disse para minha mulher que eu precisava resolver um problema e vim para cá [Praia Grande]. Foi quando eu decidi cortar ele com um serrote".

"Cortei os pés, as canelas, a coxa, as mãos, o antebraço, os ombros e a cabeça", finalizou. Segundo o suspeito, ele se arrependeu na hora em que o zelador caiu e bateu a cabeça. "Eu não tinha o que fazer". 

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