Qualquer aumento de royalties para a mineração brasileira não deverá onerar significativamente o setor, segundo o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão. Hoje ele participou de audiência pública na Câmara dos Deputados para discutir o marco regulatório do pré-sal. Na saída, ao falar sobre o futuro marco regulatório da mineração, que está sendo elaborado pelo seu Ministério, Lobão disse que o governo não pretende fazer ninguém "pagar mais do que deve" e nem "violentar as regras e os princípios". "Vamos fazer aquilo que se faz no mundo inteiro."
Segundo ele, se as taxas pagas pelos mineradores forem muito altas, o setor pode se tornar menos competitivo e isso não interessa ao país. "Se aumentarmos significativamente a cobrança sobre os minérios produzidos, o que irá acontecer? Haverá um desequilíbrio com os outros produtores do mundo, e o país não levará vantagem com isso", disse o ministro. Recentemente Lobão afirmou que pretende enviar uma proposta sobre o assunto ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva até o fim deste ano. Ao se manifestar sobre a possibilidade de aumento dos royalties, o Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram) assinalou que o setor paga no Brasil as maiores taxas e impostos do mundo.