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1. Ministro e Chá Ayahuasca vencido!!!
Apesar de tentar ser delicado com nossa autoridade maior hospedada no apetitoso Ministério de Minas e Energia, não posso deixar de registrar a “confusão” causada com as afirmações proferidas, em terras do sorridente Tio Sam, do ilustre Senador Eduardo Braga (PMDB/AM), Ministro titular daquela pasta, sobre a “possível” revisão da política de Conteúdo Local para futuros leilões, com vistas à exploração do petróleo nas alvissareiras terras de Carmen Miranda. Provavelmente, uma vez que não podemos descartar a possibilidade, Sua Excelência deve ter bebido, em demasia, um Chá de Ayahuasca terceirizado e com data vencida no século passado ou, quem sabe, contaminado até a raiz com agrotóxico da soja. Em sendo esse o caso, espero não tardar a procura pelo Procon, por parte do patrão do MME, objetivando protocolar uma dura representação contra os relapsos fornecedores do seu alucinógeno favorito.
2. Outra bobagem!
Acompanhado dessa fala “estranha”, veio outra... nela, o ilustre Ministro diz que o modelo de Partilha, em que a Petrobrás deve ter participação de, no mínimo, 30%, precisa ser revisto... blá, blá, blá, blá... Provavelmente, os poderosos donos das grandes transnacionais petrolíferas ( a anglo-holandesa Shell, a americana Exxon, a britânica BP, a francesa Total e a anglo-australiana BHP), todos presentes nesse seleto convescote texano, derreteram-se em mimos para com o sábio ministro tupiniquim, na ensolarada Houston. O papo não era nada desprezível, pois afinal, envolvia a maior reserva de petróleo descoberta neste século, cujo potencial ainda é incalculável. Essa bufunfa toda, estrategicamente definida como privativa de controle absoluto pelo Brasil, não agradou em nada o mundo corporativo dos petrodólares.
3. Decisões para eleitos
O que está em jogo (esse Ministro provavelmente encharcou-se até aos ossos de Ayahuasca) é gigantesco e envolve a vontade do povo brasileiro definida nas urnas em quatro processos eleitorais presidenciais. O petróleo é do Brasil e deverá ser explorado por ele em acordo com a estratégia do país e dentro de suas possibilidades. Não somos quintal de ninguém e não queremos ser e nem repetir os erros dos países produtores de petróleo mundo afora. A política desse setor, aprovada em 2010, é um marco histórico para o Brasil e para o mundo. Deve ser preservada, defendida e fortalecida dentro de um ambiente de transparência a serviço do povo tupiniquim. Só para ter uma ideia do tamanho do cofre, o Brasil, em 60 anos, produziu 15 bilhões de barris de petróleo. Só o poço de Libra, no pré-sal, possui reservas superiores a 12 bilhões de barris.
4. Números gigantescos
Outra bobagem dita pelo Ministro faz menção à política de conteúdo local. O Governo estaria disposto a “flexibilizar” essa norma para atender uma efetividade maior. Essa normatização, patrocinada por Lula, foi de uma importância enorme para o país. Mexer nisso é ferir o interesse nacional. Por intermédio dessa Lei, pelo menos 60% daquilo que for utilizado para a exploração do petróleo, deverá ser produzido no Brasil, gerando empregos de qualidade aqui... arrecadando impostos aqui... dinamizando a economia daqui e não no primeiro mundo. Alterar isso significa pauperizar a nação sob todos os aspectos. Só entre 2003 e 2009, essa política produziu 640 mil novos postos de trabalho qualificados e gerou 14,2 bilhões de dólares em bens e serviços, segundo os dados do Programa de Mobilização da Indústria Nacional de Petróleo e Gás Natural (PROMINP).
5. Há muita coisa em jogo
O arcabouço para a exploração do Pré- Sal (até 2013) teve um custo de, aproximadamente 700, bilhões de dólares, conforme dados da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV). Outro tanto deve ser investido, nos próximos dez anos, com o propósito de ampliar essa produção. Nos vindouros e acalorados 35 anos, ainda segundo estudo da FGV, o total de empregos ligados à cadeia do petróleo (diretos e indiretos) deverá chegar a casa dos 87 milhões de postos. Essa exploração de riqueza nacional gerará cerca de 1 trilhão de reais em tributos a serem investidos em Educação (75%) e Saúde (25%). Estamos vivendo um período verdadeiramente revolucionário, no qual interesses enormes estão sendo contrariados e isso gera reações... muitas... O Ministro não deveria fazer afirmações desse cunho e de tamanho impacto para o país sem conversar, longa, longa, longamente com quem teve os tais cinquenta e quatro milhões de votos... Ou, então, não tomar chá vencido!!
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