JAIME BAGATTOLI: Relatos comprovam violação de direitos humanos contra pequenos produtores

Senadores Bagattoli, Marcos Rogério e Damares Alves devem acionar órgãos responsáveis após operações e destruição de bens

JAIME BAGATTOLI: Relatos comprovam violação de direitos humanos contra pequenos produtores

Foto: Assessoria

Receba todas as notícias gratuitamente no WhatsApp do Rondoniaovivo.com.​

  • Reação
  • Reação
  • Reação
  • Reação
  • Reação
  • Reação
0 pessoas reagiram a isso.
Rondônia recebe, em menos de um mês, a segunda diligência externa do Senado Federal dedicada a apurar as condições de produtores rurais vítimas de violações de direitos fundiários e humanos. 
 
Se na primeira, os senadores visitaram propriedades de Porto Velho afetadas por embargos coletivos do Ibama, desta vez os senadores estiveram nos municípios de Alvorada d’Oeste e Jaru para apurar in loco as violações de direitos relacionadas à desocupação de produtores titulados próximos a Terra Indígena Uru-Eu-Wau-Wau. 
 
A diligência teve a presença dos senadores Jaime Bagattoli, que presidiu a diligência de outubro; Marcos Rogério, autor do pedido de diligência em Alvorada d’Oeste; e Damares Alves, presidente da Comissão de Direitos Humanos (CDH) no Senado. 
 
 
VIOLAÇÃO DE DIREITOS 
 
A diligência começou em uma região rural de Alvorada d’Oeste que, recentemente, foi alvo de uma operação que resultou na destruição e na queima de bens de pequenos produtores.
 
“A coisa mais injusta que pode acontecer com um produtor é ele ter o documento da terra e, ainda assim, ter que presenciar a destruição dos seus bens, como barracões, curral e maquinários. A maioria aqui são pequenos produtores que vivem aqui há mais de 40 anos com reconhecimento do próprio Incra. É uma injustiça que não pode mais continuar acontecendo”, declarou o senador Bagattoli. 
 
Já a segunda parada foi no distrito de Jaru-Uaru, em Jaru, onde os senadores se reuniram com produtores na mesma condição. Estes também estão ameaçados de expulsão e temem uma nova operação acompanhada de violência e destruição de bens. 
 
 
PROVIDÊNCIAS
 
Além dos senadores, foram convidados para acompanhar a diligência representantes da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania, do Ministério dos Povos Indígenas, da Secretaria de Estado da Agricultura de Rondônia e da Defensoria Pública da União (DPU), além de lideranças comunitárias e representantes das famílias envolvidas. 
 
Com a conclusão da diligência, será elaborado um relatório com recomendações da CDH aos órgãos competentes para que providências urgentes sejam tomadas em favor das famílias afetadas. 
 
 
CONTEXTO DA DILIGÊNCIA
 
O conflito na Terra Indígena (TI) Uru-Eu-Wau-Wau é resultado de uma sobreposição complexa. A área, homologada em 1991, se choca com lotes de Projetos de Assentamento (PAs) criados pelo Incra décadas antes, como o PA D'Jaru Uaru (Burareiro), onde produtores estão instalados desde a década de 1970. 
 
A própria Funai e o Incra reconhecem que houve erro na demarcação física da Terra Indígena. Isso teria incluído lotes que foram previamente e legalmente destinados a agricultores pelo Estado.
 
No entanto, o ex-ministro do STF, Roberto Barrozo, na ADPF 709, determinou ações de desintrusão de famílias da área, intensificando as ameaças de expulsão delas de suas propriedades. 
Direito ao esquecimento

Os comentários são responsabilidades de seus autores via perfil do Facebook. Não reflete necessariamente a opinião do Rondoniaovivo.com
A Prefeitura de Porto Velho deve investir mais em arborização?
Como você vai comemorar as festas de fim de ano?

* O resultado da enquete não tem caráter científico, é apenas uma pesquisa de opinião pública!

MAIS NOTÍCIAS

Por Editoria

CLASSIFICADOS veja mais

EMPREGOS

PUBLICAÇÕES LEGAIS

DESTAQUES EMPRESARIAIS

EVENTOS