"A regularização fundiária irá, sem dúvidas, melhorar o ambiente produtivo e permitir que as famílias captem recursos para a compra de novos equipamentos e insumos agrícolas”, defendeu
Foto: ASSESSORIA
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O senador Confúcio Moura (MDB/RO) defendeu nesta quinta-feira (12), em Plenário, a importância da agricultura familiar na Amazônia. Segundo ele, ao chegar em Rondônia, na década de 70, as cidades eram desertas e a estrutura precária. Lembrou que era um dos poucos médicos do estado naquela época, mas conquistou um aprendizado valioso. “Aprendi, pela convivência com meus amigos, a respeitar as diferenças, as tradições e a reconhecer a sabedoria dos agricultores”, enfatizou.
Confúcio falou que, quem conhece a agricultura familiar na Amazônia entende o uso das queimadas para renovar as pastagens, combater carrapatos e pragas nos plantios. “São práticas antigas, ultrapassadas, mas para serem substituídas precisaria de pesados investimentos”, destacou ao lamentar a política de criminalização do pequeno agricultor, como se as queimadas deste ano apresentassem algum dado novo em relação aos anos anteriores, e enfatizou a necessidade de debater a questão com mais profundidade.
O tema, de acordo com o senador, traduz o sentimento de milhões de produtores, e foi abordado no texto do pesquisador Evaristo de Miranda, associado à Embrapa. Em “Amazônia – a pior das extinções”, publicado no dia 4 de novembro, no jornal O Estado de S. Paulo, o autor defende os agricultores familiares da região.
“Evaristo de Miranda foi muito feliz ao mencionar que os pequenos agricultores formam a espécie mais ameaçada na Amazônia. Apresentou dados irrefutáveis, a citar que 86,2% do bioma é formado por ambientes predominantemente naturais, de vegetação nativa ou superfície hídrica”, disse o senador, ao destacar que existe uma vasta área preservada, que pode ser ameaçada pelos desmatamentos, mas não pela prática milenar e costumeira das queimadas.
Confúcio Moura lamentou que muitas famílias estão perdendo o acesso ao Pronaf, tendo seu nome negativado, em razão das pesadas multas e do acúmulo de dívidas, depois da nociva exibição midiática e a criminalização da pequena empresa agrícola. “Esse quadro precisa ser revertido. A regularização fundiária irá, sem dúvidas, melhorar o ambiente produtivo e permitir que as famílias captem recursos para a compra de novos equipamentos e insumos agrícolas”, defendeu.
Ao finalizar, o parlamentar sublinhou que é mais fácil fiscalizar uma região regularizada e com registros formais de terra, do que promover a criminalização dos pequenos produtores que estão há décadas entregando seu suor para o sustento da família.
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