CURTAS DO ANDREOLI - 'Pergunta pro Baú' o suposto superfaturamento em mansão

Marcelo é presidente e não recebe salário. E ainda quer ser reeleito..

Da Redação

20 de Novembro de 2017 às 15:26

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CURTAS DO ANDREOLI - 'Pergunta pro Baú' o suposto superfaturamento em mansão

Foto: Divulgação

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“Pergunta pro Baú”, assim reagiu o presidente da Fiero – Federação das Indústrias de Rondônia, arquiteto Marcelo Thomé, ao ser perguntado qual a razão que levou a entidade patronal a adquirir uma grande casa em Porto Velho e que hoje se encontra abandonada. A conversa ocorreu há alguns dias na sede da entidade patronal.

Marcelo é presidente e não recebe salário. E ainda quer ser reeleito...mas vamos lá.

Antes de mais nada, o “Baú” que Marcelo se refere é o seu antecessor, empresário Denis Baú, responsável por supostos desmandos que inviabilizaram a entidade e que levaram o CNI – Conselho Nacional de Industria a buscar a moralização, nomeando o arquiteto, que não possui indústria para presidente. Ele sempre foi o arquiteto do “Baú” nas milionárias obras da Fiero.

Apesar da saída do “Denis””, os diretores que conhecem os descaminhos do ‘baú’ financeiro da FIERO continuaram nos seus cargos. Ou seja, cortaram a cabeça, mas deixaram os ‘membros’.

E a casa?

A residência foi adquirida em 2014 por um valor acima do mercado. A então residência do empresário Antônio Silva, conhecido como “Toninho da Silvacar” esteve à venda por quase dois anos. A mansão fica localizada na esquina da Avenida Abunã com Brasília.

Pois bem, Toninho pedia R$ 1.200.000,00. (Um milhão e duzentos mil reais). Mas a Fiero pagou R$ 1.800.000,00 (um milhão e oitocentos mil reais).

E quem comprou foi o ex-presidente, o tal Baú. O valor foi rateado pela própria Fiero, usando recursos também do IEL – Instituto Euvaldo Lodi. O sobrepreço, acima do mercado de uma residência deste padrão também e pior, acima do valor que era pedido em anúncios em imobiliárias, isso ninguém explica. A compra foi aprovada pelo Conselho e pronto.

Qual motivação para compra?

A compra teria sido motivada pelo desejo de “Baú” levar a sede da entidade para lá. O prédio usado atualmente, na rua Rui Barbosa é do Senai – Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial. Na entrevista, Marcelo disse que o atual prédio atende muito bem a entidade e pessoalmente, não vê necessidade de mudança.

Porque esta abandonada, com tapumes?

O atual presidente disse que quando assumiu, além da compra já ter sido feita, havia uma determinação do Conselho da Fiero, para realizar a reforma. O valor do gasto de transformar uma residência em prédio comercial ficou orçado em cerca de 350 mil, segundo Thomé.

A reforma teria empacado por conta de documentação irregular perante município. Situação que diretores e conselheiros não se atentaram na hora da compra. Também com o suposto sobrepreço, quem estava preocupado com ‘firulas’ documentais?

Um detalhe chama a atenção. O projeto de reforma foi feito pelo escritório de arquitetura do atual presidente Marcelo Thomé, que resolveu doar para Fiero.

“Eu tinha sido contratado pelo ‘Baú” para fazer o projeto arquitetônico, mas como percebi que não ia receber, resolvi doar. Também havia o detalhe que após assumir, iam falar eu paguei para meu próprio escritório. Melhor foi doar” disse Thomé.

Desta forma, chega-se a conclusão que a casa ficará ainda por tempo indefinido daquele jeito.

Fique claro que a culpa não é do Marcelo pelo rombo no ‘baú’ da Fiero. Mas sou como São Tomé, só acredito vendo no dia em que o arquiteto abrir a caixa preta da Fiero. Até lá, para mim, não passa de jogo de comadres. No fundo, no fundo, está tudo certo com o Baú...

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