Governo em descompasso - Por Valdemir Caldas

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À semelhança da ex-presidente Dilma, o presidente Michel Temer vem fazendo das tripas coração para concluir seu mandato. Sabe-se que finais de administração são sempre marcados pelo corre-corre, mas o que se tem visto nos dias que antecedem a saída do senhor Temer, é de deixar qualquer cidadão decente de queixo caindo. Não há compostura. As coisas são feitas de maneira desorganizada, sem o menor respeito à população e ao dinheiro do contribuinte brasileiro. E alguns políticos ainda têm a cara de pau de ocupar as tribunas dos parlamentos, ou então, aparecer na mídia contando vantagens, dizendo que conseguiram a liberação de recursos para estados e municípios. Vendilhões da consciência social.

Infelizmente, a política brasileira só funciona na base da barganha, do toma-lá-dá-cá, do é dando que se recebe. Ou seja, os políticos dão aos governos os votos de que eles precisam para fazer passar suas propostas nos parlamentos. Em contrapartida, são contemplados com a liberação de emendas parlamentares e as nomeações para cargos públicos de parentes e aderentes, que só comparecem aos guichês dos bancos para receberem seus polpudos salários.

Verdadeiramente, ninguém se estende. É visível o descompasso do atual governo, que parece mais perdido do que cego em tiroteio, onde não se sabe quem ainda manda em quem e onde já começam a surgir, como consequência desse estado de coisas, sintomas de resistência por parte de importantes setores da sociedade. Os principais aliados do presidente ou estão atrás das grades, ou, como ele próprio, na alça de mira da Justiça. Para tentar reduzir o tamanho do rombo nas contas publicas, o governo ameaça com mais impostos. Onde desaparece o princípio da autoridade instala-se a balbúrdia e a desobediência.

O Ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, é o retrato do fracasso. Enquanto isso, para aproveitar o restinho de mordomias que ainda lhe cabem, o presidente da República viaja pelo mundo, exibindo no exterior, pela derradeira vez, uma faixa presidencial maculada com a nódoa da corrupção. Pior, ainda, é saber que, com ou sem Temer, o Brasil vai continuará como um barco navegando sem rumo em meio à borrasca, simplesmente porque a nossa classe política continua sintonizada com o que há de mais antigo e ultrapassado. Basta ver repetidas práticas e gestos que não produziram para a sociedade mais que o logro e a exploração.

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