ELEIÇÕES 2016 - Hildon vê indícios de ‘caixa dois’ na falta de prestação de contas

ELEIÇÕES 2016 - Hildon vê indícios de ‘caixa dois’ em prestação de contas

ELEIÇÕES 2016 - Hildon vê indícios de ‘caixa dois’ na falta de prestação de contas

Foto: Divulgação

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Candidatos mantêm volume de campanha nas ruas, mas é como se não tivessem nenhum gasto até agora

Apesar de toda a campanha contra a corrupção eleitoral, a compra de votos, a proibição de doação de recursos financeiros por empresas privadas e a formação de caixa 2, há indícios de que algumas dessas práticas vedadas pela justiça estejam acontecendo nas campanhas para prefeito de Porto Velho. A desconfiança partiu do ex-promotor Hildon Chaves, candidato pela coligação ‘Juntos por uma Melhor Porto Velho’ (PSDB-PSDC).

Chamou a atenção do ex-promotor, acostumado a lidar com ferramentas de controle e fiscalização, a falta de prestação parcial das contas, que pela nova legislação precisa ser encaminhada detalhadamente entre os dias 9 a 13 de setembro. Os candidatos ainda têm até um minuto antes da meia noite desta terça-feira para entregar os recibos de depósitos e de despesas, mas até às 18h apenas o próprio Hildon Chaves tinha feito a entrega da prestação detalhada ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

O candidato Hildon Chaves declarou a intenção de gastar até R$ 650 mil, dos quais R$ 511 mil foram contratados e R$ 263 mil efetivamente pagos. Tudo de recursos próprios, transparente, sem nenhuma doação e declarado no site do TSE. Na outra ponta, o atual prefeito, Mauro Nazif (PSB) não declarou quanto pretende gastar e, apesar de manter uma das mais volumosas campanhas nas ruas, não há o registro de nenhum centavo de gasto até agora. É como se a campanha toda estivesse fluindo gratuitamente.

Já Leo Moraes (PTB), assim como o Pimentel, do PMDB, despertam no mínimo a curiosidade, por manterem um grande volume de campanha nas ruas, com cartazes, adesivos, plotagem de carros, etc, mas cuja comprovação de gastos suscitam dúvidas. Leo Moraes arrecadou R$ 200 mil, sendo metade de seu partido e metade do partido de seu vice, o PP do grupo do senador Ivo Cassol, mas não informou nenhum gasto à Justiça Eleitoral por enquanto. Pimentel declarou doação de R$ 172 mil de seu partido, o PMDB, mas segundo informou, até agora teve gastos de apenas R$ 7,5 mil.

O candidato do PR, Ribamar Araújo, declarou que pretende gastar R$ 243 mil, dos quais R$ 105 mil de recursos próprios e R$ 138 mil por meio de doação de seu partido, o PR, dos quais comprovou gastos de R$ 82 mil. Pimenta de Rondônia, do PSOL, declarou a intenção de gastar R$ 36 mil e comprovou até agora apenas R$ 3,7 mil. Por fim, Roberto Sobrinho que declarou intenção de gastar R$ 109 mil, doados pelo PT, também não fez o lançamento de nenhuma despesa.

Segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a apresentação intempestiva da prestação de contas parcial ou seu envio com registros que não correspondam à efetiva movimentação de recursos pode caracterizar infração grave, que será apurada no julgamento da prestação de contas final.

 

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