O senador Fernando Collor de Mello (PTC-AL) passou a ser investigado em inquérito aberto no Supremo Tribunal Federal (STF) em uma nova frente do esquema de corrupção revelado pela Operação Lava Jato. Desta vez, as suspeitas são de que o senador praticou o
Foto: Divulgação
Receba todas as notícias gratuitamente no WhatsApp do Rondoniaovivo.com.
O senador Fernando Collor de Mello (PTC-AL) passou a ser investigado em inquérito aberto no Supremo Tribunal Federal (STF) em uma nova frente do esquema de corrupção revelado pela Operação Lava Jato. Desta vez, as suspeitas são de que o senador praticou o crime de corrupção passiva ao supostamente cobrar propina na construção de um prédio da BR Distribuidora, em Salvador, em 2013. O inquérito, autorizado pelo STF em 13 de maio, é o sexto contra o ex-presidente na Lava Jato.
A nova ofensiva contra Collor foi aberta depois que o ex-diretor da Área Internacional da Petrobras Nestor Cerveró detalhou o esquema no acordo de delação premiada que fechou com o Ministério Público Federal. Segundo o delator, quando ele era diretor financeiro da BR Distribuidora, ficou acertado que seria construído um novo escritório para a empresa e, na transação, Cerveró e o então diretor Vilson Reichebach "receberiam, a título de propina, um andar nos novos blocos a serem construídos, para divisão entre ambos". Na prática, isso significava 500.000 reais em dinheiro sujo para cada um. No mesmo esquema, o ex-ministro Pedro Paulo Leoni Ramos "cobrou propina em nome de Fernando Collor", parlamentar que controlava o "feudo" da BR Distribuidora.
"Pedro Paulo era quem operava para Fernando Collor em questões envolvendo o pagamento de propina na BR", diz trecho da delação premiada de Nestor Cerveró. Ao final, informou o delator, o negócio envolvendo o novo escritório da subsidiária da Petrobras não foi consolidado "por força do desencadeamento da Operação Lava Jato, que levou a OAS [responsável pela obra e uma das integrantes do Clube do Bilhão] a ser suspensa em todo o sistema Petrobras".
Feudo - Delator da Operação Lava Jato, Cerveró já havia afirmado aos investigadores da Lava Jato que o senador Collor disse a ele por volta de setembro de 2013 que a presidente Dilma Rousseff (PT) lhe garantiu que a presidência e as diretorias da BR Distribuidora, subsidiária da Petrobras, estavam "à disposição" do parlamentar. Aliado do desgastado governo petista, Collor já foi denunciado na Lava Jato e é suspeito de ter embolsado milhões de reais em propina no esquema do petrolão.
Segundo a delação de Cerveró, o ex-ministro do governo Collor e operador financeiro do senador, Pedro Paulo Leoni Ramos, chamou o próprio ex-diretor da Petrobras a Brasília para uma reunião na notória Casa da Dinda e no encontro relatou a suposta garantia dada pela presidente Dilma. Ainda conforme o delator, Collor informou na ocasião que não "tinha interesse em mexer" na presidência da BR nem nas diretorias da subsidiária preenchidas por indicação do PT, como o então presidente José Andrade Lima Neto, o então diretor de Mercado Consumidor Andurte de Barros Duarte Filho e o próprio Cerveró. Neste momento, o delator disse ter sido irônico e agradecido a atitude de Collor.
VEJA TAMBÉM: MPF quer suspender direitos políticos de Cunha por 10 anos
A política de comentários em notícias do site da Rondoniaovivo.com valoriza os assinantes do jornal, que podem fazer comentários sobre todos os temas em todos os links.
Caso você já seja nosso assinante Clique aqui para fazer o login, para que você possa comentar em qualquer conteúdo. Se ainda não é nosso assinante Clique aqui e faça sua assinatura agora!
* O resultado da enquete não tem caráter científico, é apenas uma pesquisa de opinião pública!