Os viadutos inacabados e a ganância da familia Nazif - Por Paulo Andreoli
Foto: Divulgação
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Por “lembrança” que o Facebook nos proporciona, sempre estou a voltar no tempo. Desta vez, fui para o final de 2012, quando ajudei na construção da reportagem do CQC – Custe o que Custar da Rede Bandeirantes de Televisão sobre os viadutos inacabados de Porto Velho.
Foram mais de 10 dias trocando e-mails com a produção do Proteste Já do extinto programa televisivo. Houveram mais pessoas envolvidas, que realmente fizeram a coisa acontecer. No que me coube, enviei vídeos e localizações, além de grande documentação e link para uma reportagem que havia publicado. Também acompanhei no meu veiculo com equipe, a produção do material.
Na verdade, o texto é ( leia aqui) quase um cronograma do que vinha acontecendo neste malfadado projeto do PAC desde 2008, época de assinatura do contrato para a construção do Complexo Viario que iria desafogar o transito com o advento da explosão populacional em decorrência das Usinas.
Pois bem, a equipe capitaneada pelo repórter Ronald Rios e o produtor Yuri ficaram três dias em campo, buscando entrevistar o ex-prefeito Roberto Sobrinho. Jogo duro, no melhor estilo custe o que custar.
Mauro Nazif era recém eleito e iria tomar posse. Mas também não havia acontecido a operação policial que apeou Roberto do poder e acabou com as maracutaias dos contratos de obras federais que estavam sendo executados na capital. Basta recordar que o PT fechou a administração na capital de Rondônia com 56 obras paradas por irregularidades.
Mas na condução da pauta, eis que surge o risonho Dr Mauro (40), que em entrevista de âmbito nacional garantiu que terminaria com a obra.
Pois bem. O que deu errado?
Foi a ganancia da família Nazif, que logo após a eleição, conseguida com o apoio explicito da cambada do PT local, fez um compromisso que continuaria com os contratos de locação de máquinas, entre outros conluios que os petistas já faziam por aqui.
Este contrato de locação dava uma grana boa e na operação de investigação policial, em grampo telefônico com autorização da justiça, confirma-se a ida para reuniões “politicas” dos empresários que locavam equipamentos pesados e através de golpe nas horas máquinas, dividiam propina com autoridades.
No relatório policial, reuniões com o “doutor” aconteceram no interior da empresa Ideia Comunicação, empresa da família. ( A mesma que explorava a publicidade nos ônibus - Leia aqui)
Quando assumiu, Nazif não tinha nem contrato hora maquina, nem um equipamento para trabalhar . Levou um tempo para se reorganizar, até comprar as cerca de 300 maquinas que hoje atuam na capital.
Mas, tinha em aberto a finalização do viaduto, onde nova licitação seria lançada, estimando-se em cerca de mais 100 milhões de reais a conclusão das obras.
Ao invés de deixar o Denit fazer, tal qual a ponte do rio Madeira e viaduto em Ji-Paraná, puxou pra si a responsabilidade e junto com seu irmão Gilson Nazif (Semob), pretendiam “executar” a obra de recurso federal. Sabe como é. Uma licitação de R$ 100.000.000,00 aguça a vontade de qualquer “Turco”.
Pois bem, foram quase dois anos para a família desistir do intento, após tentar resolver a pendenga e devolver o comando da obra ao GF. Mas porque não conseguiram “desenrolar” a obra?
Simples, quem conhece a “competência” dos irmãos para gerir negócios, sabe que nunca conseguiram construir nem uma clinica decente para os pacientes. Imagina uma obra desta magnitude.
Resumindo. Se não fosse a ganancia dos Nazif de “fazer acontecer a obra de 100 milhões”, e deixassem o Governo Federal tocar a obra, com certeza nestes mais de 3 anos de administração de Mauro, o complexo já estaria pronto.
Parafraseando o apresentador do CQC, “com todo respeito senhor prefeito, mas o senhor tem uma cara de pau que nos emociona”. Veja vídeo abaixo
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