Júnior Siqueira quer projeto para zona rural de Porto Velho

Júnior Siqueira quer projeto para zona rural de Porto Velho

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Foto: Divulgação

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O vereador Júnior Siqueira (PSDC-Porto Velho) tem como preocupação a geração de empregos e a zona rural de Porto Velho vem se constituindo em uma situação peculiar.  Para ajudar o

homem do campo, o vereador Júnior }Suqueira está sugerindo que o Projeto Paricá, que envolve a Federação das Entidades de  MPE’s, Sindicato da Micro e Pequena Indústria do Estado de Rondônia (Simpi/RO), e da participação do Governo do Estado, rda Secretária do Estado do Meio  Ambiente de Rondônia aplicado na Capital.

Promover o plantio de árvores, por pequenos produtores da zona rural de Porto Velho é a sugestão do vereador Júnior Siqueira. O Paricá pode suprir a demanda do setor madeireiro do País, gerando renda, emprego e dando um exemplo de que plantar árvores pode ser uma agenda positiva para a Amazônia, através do plantio de uma essência nativa da Amazônia.

Júnior Siqueira disse que a  preocupação com o abastecimento de matéria-prima para o setor madeireiro é um problema que vem sendo tratado em Rondônia, a partir de 2002, com a primeira tentativa de um projeto voltado para o pequeno produtor. " O Projeto Curupira, que foi pensado para plantar castanheira, mas, por problemas legais, implantou num projeto piloto 20 hectares de Teca e Guanambi, e, no presente ano, com o apoio do Banco do Brasil, a Cooperativa Agro-Florestal Sustentável de Produtores Rurais do Estado de Rondônia-COOPASPRO, está, no Projeto de Assentamento Jorge Teixeira e Capitão Silvio Gonçalves de Farias, em Porto Velho, plantando um total de 100 hectares, por meio de pequenos produtores, mostrando a viabilidade da proposta de plantar árvores na região", afirmou o edil portovelhense.

A principal motivação para plantar árvores, numa região como a Amazônia que são o seu habitat natural, provém do fato de que a demanda de madeira no Brasil é estimada em 350 milhões de metros cúbicos por ano e os plantios florestais conseguem suprir apenas 90 milhões de m3/ano, equivalentes à exploração de 600 mil hectares/ano.A diferença entre estes números é suprida pelas florestas nativas, o que está se tornando inviável pela crescente fiscalização e as restrições ambientais provenientes do novo Código Florestal.

Na análise econômica do vereador Júnior Siqueira, pode-se raciocinar que, por baixo, há um déficit de 260 milhões de m3 para serem supridos integralmente por florestas plantadas que exigiriam um grande plano nacional para reflorestar mais 8,7 milhões de hectares, além dos, segundo dados do anuário estatístico 2012 - ano base 2011 - da Associação Brasileira de Produtores de Florestas Plantadas (Abraf), 7 milhões de hectares existentes no Brasil, o equivalente 0,9% do território nacional, elevando o percentual de área com plantios florestais de 0,8% para 1,7%, o que ainda seria um número muito inferior à área ocupada com outras culturas.

 Acrescente-se que, caso não haja oferta de energia que substitua a madeira, não se trace uma política de estímulo ao plantio de árvores, mantida a demanda atual, fatalmente a pressão sobre os remanescentes de florestas nativas será muito maior e com consequências indesejáveis, como acentua, em especial, os relatórios produzidos pela Embrapa Florestas.É preciso acentuar que, na 2ª Conferência da Indústria Florestal Latino Americana, no dia 26, em São Paulo, no Hotel Transamérica, o presidente da ABTCP (Associação Brasileira Técnica de Celulose e Papel), Lairton Leonardi, estimou as perspectivas para demanda de madeira até 2030, como da ordem de 2, 4 bilhões por m3 (no ramo industrial) e 2,5 bilhões (voltada para geração de energia). Ele sinalizou para a plateia a importância de se reconhecer as forças e fraquezas do mercado e incentivou o público a encontrar soluções de como se fazer para superar os fatores limitantes, afirmando que “temos demanda e área para trabalhar. Isso é muito promissor”, avaliou.

A observação é ainda mais relevante quando se verifica que a madeira continua sendo o principal alvo de extração por parte as empresas que atuam na produção florestal.

Apesar da diversificação industrial registrada nas últimas décadas, os produtos madeireiros são a prioridade do setor, segundo estudo apresentado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). De acordo com os resultados da PEVS (Produção  da Extração Vegetal e da Silvicultura) referente a 2010, a participação de produtos madeireiros na extração vegetal - retirada em florestas naturais e sem reposição - totalizou R$ 3,4 bilhões (81,5%), enquanto o de não madeireiros somou R$ 778,2  milhões (18,5%).

Na silvicultura – em a extração ocorre em florestas criadas exclusivamente para uso comercial – a diferença é ainda maior. Os produtos madeireiros somaram R$ 10,5 bilhões (98,7%), enquanto os não madeireiros apenas R$ 139,7 milhões (1,3%).

Há, portanto, uma base econômica muito forte, e imediata, para o plantio de madeira, porém, o que se observa é que Rondônia, e a Amazônia, somente agora está despertando para esta potencialidade. Ninguém discute o fato de que existe um enorme potencial, mas, precisamos de políticas públicas, de um plano de desenvolvimento florestal que contemple incentivos para atração de investimentos e indústrias afins que transformem a madeira em produtos nobres. Outro fator que pesa, sem dúvida, é a falta de regularizações fundiária e ambiental, logística e seguranças jurídica e tributária para os investimentos que são vultosos. Bastaria se ter uma política que desse segurança jurídica e incentivos para que houvesse uma verdadeira revolução no setor com imensos ganhos ambientais, de emprego e de renda. Somente, recentemente, com o seminário “Plantar Árvores em Rondônia é um Grande Negócio”, uma iniciativa do governo do Estado, por meio da Secretaria do Desenvolvimento Ambiental (Sedam) e em parceria com a Associação Rondoniense dos Produtores e Consumidores de Florestas Plantadas (Arflora) e Associação Rondoniense dos Engenheiros Florestais (Aref), que foi realizado no auditório da AVEC em Vilhena, nos dias 5, 6 e 7 de Julho, se começa a discutir a cadeia produtiva do negócio agro-florestal, porém, a questão exige mais do que discurso ação, planos e projetos.

Em contato mantido ontem com a imprensa de Porto Velho, o vereador Júnior Siqueira afirmou que o principal objetivo do projeto “Paricá de Rondônia” é o de plantar 19.584.000 de árvores da espécie Paricá (Shizolobium amazonicum) ,em áreas degradadas, no período de 6 anos, sendo implantados a cada ano 3.264.000 árvores/ano/4000 ha, com o auxílio de pequenos produtores no entorno de Porto Velho visando criar madeira certificada para suprir a indústria madeireira, promovendo emprego e geração de  renda com  sustentabilidade ambiental.

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