Sua Excelência, o Povo – Por Valdemir Caldas

Da Redação

17 de Março de 2015 às 14:34

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Sua Excelência, o Povo – Por Valdemir Caldas

Foto: Divulgação

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A população portovelhense voltou às ruas, na tarde de domingo (15). Não para dizer amém a presidente Dilma Rousseff, como fizeram lideranças do Movimento dos Sem Terra (MST), semana passada, mas para protestar contra o governo, o PT e a roubalheira na Petrobras. Numerosos grupos caminharam pelas principais ruas do centro, que se tornaram palco de manifestações antigoverno.

Os manifestantes não foram além do protesto indignado, mas pacifico. Não houve violência, nem quebra-quebra, nem pichações ou qualquer coisa do gênero, ao contrário do que aconteceu sexta-feira (14), quando a parede do muro da sede da TV Rondônia, afiliada da Rede Globo, foi pichado por integrantes do MST.

O portovelhense esbanjou criatividade e bom humor, espalhados em faixas e cartazes, um traço que se diz ser do brasileiro, sempre presente nos movimentos de rua. Os que se sentiram ofendidos, pelo visto, permaneceram em suas casas, não foram tentar reprimir a passeata.

Outras manifestações estariam programadas para os próximos dias. É sua excelência, o povo, que se sente logrado e espezinhado, nas praças e ruas, mostrando sua insatisfação com os políticos e dirigentes públicos irresponsáveis e insensíveis às suas reais necessidades.

Errou, redondamente, quem acreditou que a sociedade perdera por completo o desejo de mudanças que sempre a caracterizou. Ela voltou às ruas e mostrou que está mais viva do que nunca. Enquanto isso, a CPI da Petrobras segue seu curso na Câmara dos Deputados.

Estima-se que mais pessoas sairão às ruas e praças em novas manifestações, à medida que a imprensa for divulgando a extensão da pocilga na qual chafurdaram funcionários da estatal, políticos, dirigentes públicos, empresários e lideranças partidárias.

Essa é a democracia real e efetiva, com o povo nas ruas, pedindo a restauração da moralidade e a punição exemplar aos que só têm se servido da sua tolerância e dos cofres públicos.

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