Provavelmente, por acreditarem que vivem num país em que os chamados “criminosos engravatados” são tratados com condescendência pela Justiça.
Foto: Divulgação
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Há treze dias, o plenário da Câmara Municipal de Porto Velho aprovou um requerimento do vereador Léo Moraes (PTB) convocando o procurador-geral do município, Carlos Dobis, para prestar esclarecimentos sobre um contrato milionário para a aquisição de tubos para drenagem.
Apesar de o procurador adjunto, José Lopes de Castro (que também foi convocado pela Casa) ter-se manifestado contrário à licitação, justificando que a empresa contratada não possuía capital suficiente para assumir um compromisso de quase R$ 32 milhões de reais, mesmo assim o processo foi homologado pelo então secretário municipal de administração, Mário Medeiros.
O que teria levado Medeiros a ignorar o parecer do procurador adjunto e aprovar a compra dos tubos, é o que deseja saber não apenas o parlamentar, mas, também, o contribuinte porto-velhense, cansado de entrar pelo cano. Por que a Câmara não aproveitou a onda e convocou também o senhor Medeiros?
Há pessoas que atuam na administração pública que desconhecem os parâmetros legais e erram, por assim dizer, por ignorância. Outros, contudo, sabem exatamente o que estão fazendo e agem deliberadamente no sentido de burlar os procedimentos recomendados para a gestão dos recursos financeiros.
Provavelmente, por acreditarem que vivem num país em que os chamados “criminosos engravatados” são tratados com condescendência pela Justiça. Mas é bom que essa gente passe a ter outra postura.
Esse é o décimo episódio nebuloso envolvendo a administração do prefeito Mauro Nazif (PSB), em apenas dezoito meses. Nos bastidores da Câmara já há quem defenda a criação de uma CPI para apurar o caso.
Espera-se que, dessa vez, os fatos sejam devidamente investigados e a denúncia não caia na vala comum do esquecimento, à semelhança das nove que foram apresentadas pelo ativista político Carlos Caldeira.
* O resultado da enquete não tem caráter científico, é apenas uma pesquisa de opinião pública!