Sessão itinerante da Câmara debate problemas na zona Leste de Porto Velho

Sessão itinerante da Câmara debate problemas na zona leste de Porto Velho

Da Redação

09 de Maio de 2013 às 10:21

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Sessão itinerante da Câmara debate problemas na zona Leste de Porto Velho

Foto: Divulgação

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Segurança, saúde, moradia, iluminação publica, asfalto, esgotamento urbano, construção de creches, escolas, áreas de lazer, regularização fundiária, aumento da frota de ônibus, construção de abrigos nas paradas de ônibus, a péssima qualidade do transporte coletivo oferecido e o fim dos terrenos baldios, foram um dos principais pedidos da comunidade durante a sessão popular promovida pela Câmara Municipal de Vereadores na tarde desta terça-feira (7/5), no auditório da Escola Estadual Marcelo Candia, no bairro Marcos Freire, zona leste de Porto Velho.

Foram convidados todos os secretários municipais e o chefe do executivo, Mauro Nazif, mas apenas o secretario de Trânsito (Semtran) Carlos Gutemberg e o adjunto de Serviços Básicos (Semusb) Itamar.

Ao fazer o uso da palavra, líderes comunitários fizeram duras criticas a atual administração municipal pela demora na execução de obras de infraestrutura no bairro e que já encaminharam diversos ofícios as secretarias de Obra, Serviços Básicos, Regularização Fundiária, Semtran e Emdur mas até hoje não obtiveram resposta.

O morador Francisco Mesquita falou sobre a falta de iluminação publica e pediu a construção de um box policial na área central da zona leste. “Precisamos que se tenham pelo menos dois policiais e mais dois em roda ostensiva pela região. Temos um grande índice de violência e após as 21 não temos segurança para ficar dentro das nossas próprias casas e menos ainda nas ruas”, lamentou.

Outras solicitações feitas pela comunidade foi construção e reforma dos abrigos nas paradas de ônibus e regularização da situação dos terrenos abandonados. Conforme os moradores servem de abrigos para consumo de drogas e esconderijo de criminosos.

MARCOS FREIRE

Elcio Dias - Morador há mais de 20 anos do bairro Marcos Freire - denunciou o abandono da delegacia e a falta de médicos no posto de saúde José Adelino. “No setor chacareiro para que os alunos cheguem à aula temos que carregar nas costas e levar um balde com água para lavar os pés das crianças. Não há segurança. Estamos presos em casa enquanto a bandidagem toma conta. Pagamos imposto e não há retorno”, esbravejou.

A presidente da Associação de Mulheres e Moradores do Bairro Marcos Freire e Mariana, Niedna Gontijo pediu aos vereadores que as audiências tenha progresso e que todos os assunto levados pela população não fiquem apenas na falácia. “Acrescento que esta audiência deveria ter sido mais divulgada. Tenho certeza que este auditoria não comportaria espaço para tanta gente”, disse.

ONG

Niedna elencou diversas reinvindicações da associação que preside. “A escola Ely Bezerra foi inaugurada dia 20 de dezembro de 2012 a escola fica na divisa entre o bairro Mariana e Marcos Freire e é um das maiores da zona leste. Tem 12 salas de aula e atende 50% dos moradores. Servidores revoltados a diretora não aguentou e pediu para sair. Teoricamente, a escola além de oferecer aprendizado serve também para levar cultura e esporte para os nossos jovens que não tem nada o que fazer e são alvos para a criminalidade e a droga. As crianças ficam ociosas e vivem no campo do Chiqueirão que é palco de trafico e prostituição a luz do dia. Este campo em suma, é um espaço comunitário para ser revitalizado e nos já encaminhamos ao prefeito e ate hoje não tivemos resposta. Eu tenho que monitorar meu filho 24 horas por que temo que ele seja arregimentado para os traficantes. O futuro das crianças está atrás da minha casa, onde a droga a violência imperam. Quando acabar esta sessão eu vou para casa e não vou conseguir sequer passar pela minha rua devido a lama e a escuridão. É uma vergonha”,

Em meio ao clamor a representante da associação, lamentou o falto da entidade ao qual preside não dispor de ao menos uma bola de futebol para oferecer as crianças e adolescentes da comunidade. “Temos inúmero projetos que visam a inserção dos jovens a sociedade e esporte para as crianças que já foram apresentados mas ninguém nos ouve ou nos atende”.

Líder

O líder do prefeito na Câmara, vereador Marcio Pacele respondeu alguns questionamentos fazendo um balanço das ações de administração de Mauro Nazif. “Nesses 4 meses e 7 dias o prefeito já conseguiu a construção de dez mil casas; o projeto de 90 milhões para a mobilidade urbana e que as usinas entreguem em pleno funcionamento o trem no dia em que a cidade completará seu centenário e que percorrerá da estrada de ferro até a cachoeira do Teotônio, alavancando o turismo”.

Marcio Pacele acrescentou que o prefeito assumiu a administração com muitos problemas e que a burocracia emperra o encaminhamento das ações. “Eu sei do anseio da população para que Porto velho tenha uma cara nova. Se fosse ao contrario a Câmara de Vereadores nem aqui estava”, frisou Marcio.

Ao final dos trabalhos o presidente da Casa, Alan Queiroz, ressaltou que esta nova legislatura quer estar próxima aos anseios da população e a realização das Sessões itinerantes é a melhor forma de aproximar o Legislativo da comunidade.

Alan Queiroz explicou que a Câmara tem conhecimento de que muitas áreas abandonadas estão sob domínio de empresários da região e que nunca foram beneficiadas e sequer pagaram impostos, “Nós vamos encaminhar ao prefeito um requerimento para que a prefeitura possa resgatar essas áreas e destina-las a construção de praças, escolas, creches ou construção de casas. A Câmara está disposta a encabeçar esta causa”, assegurou Alan.

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