Com água abundante, com terra disponível e mercado consumidor de quase meio milhão de pessoas, Porto Velho pode investir na produção de hortaliças e frutas, para gerar emprego e renda.
“Temos tudo aqui, mas falta o apoio, o gerenciamento, a iniciativa do poder municipal de apoiar e estimular a produção local. Na nossa gestão isso vai mudar, pois vamos trabalhar em parcerias com outros órgãos para fomentar o plantio de hortaliças, legumes e frutas”, disse o candidato a prefeito Mario Português (PPS).
Para conhecer melhor o funcionamento da produção local, Mario visitou a produção da Agrovida, na rua dos Oleiros, bairro Nova Esperança. Ele foi recebido pelos proprietários Weber Antonio Velho, Vagner Egídio Velho e Sebastião dos Reis, percorreu os viveiros e conversou com os funcionários.
“Quero dizer a vocês que na minha gestão quem produz vai ter um tratamento diferenciado. Quem gera emprego, quem gera renda, vai ter apoio, incentivos e atenção necessária para produzir ainda mais”.
Mario lamentou que a previsão de gastos com a agricultura, no orçamento de 2013, seja de apenas R$ 3 milhões. “Como promover ações na agricultura, um setor tão vital para a nossa economia, com apenas esse recurso? Vou buscar parcerias e mais dinheiro para investir mais no setor”.
Português disse que a cidade consome alface, batata, cenoura e outros produtos, vindos de outras regiões do país. “Isso é uma vergonha. Na minha gestão, isso vai mudar. Vou trabalhar para que a produção local seja aumentada, com qualidade, e gerando emprego e renda para o produtor e divisas para a prefeitura”, completou.
O candidato disse ainda que pretende ampliar o programa de compra direta ao produtor para o uso dos produtos na elaboração da merenda escolar, gerando renda para os pequenos e assegurando comida de qualidade para os estudantes da rede pública municipal.
A Agrovida gera cerca de 50 empregos diretos, produzindo alface, almeirão, pepino japonês, tomate cereja, manjericão. Os produtos são comercializados em Porto Velho, Amazonas e Acre. Por dia, são vendidos 4 mil maços de alface.
“Estamos trabalhando aqui há 17 anos e ainda aguardamos a documentação definitiva da área. Isso é um entrave, pois nos impede de acessarmos o crédito”, contou Weber Velho.
Os proprietários relataram ainda que a comunidade do entorno sofre com a falta de água. “Colocamos uma torneira lá na calçada, para que as pessoas possam pegar água. Na época de seca, o sofrimento é grande. Também falta atendimento médico e creches para as mães deixarem seus filhos”, acrescentou Weber.
“Quero dizer que a realidade daqui não é diferente de outras regiões da cidade. A falta de água é inaceitável e vamos enfrentar esse problema logo na primeira semana de nossa gestão”.