Como membro da Comissão Parlamentar Processante, encarregada de investigar e punir deputados acusados de receberem propina do presidente da Assembléia Legislativa de Rondônia, Valter Araújo (PTB - Porto Velho), que, inexplicavelmente, continua foragido da Justiça, o deputado Valdivino Tucura vem atuando de maneira exemplar na defesa de seus colegas. Infelizmente, o mesmo se não pode dizer de seu papel como representante dos munícipes cacoalenses.
Imagino quão decepcionante não deve está sendo para os moradores daquela próspera cidade, diante do desempenho pífio e do destempero verbal de seu representante na ALE. Mas esse é o preço que se paga por votar errado, quando se escolhe movido apenas pelo sentimentalismo piegas, e não com a consciência.
Tucura considera que o STF (Supremo Tribunal Federal) levará dez anos para concluir o processo contra parlamentares que receberam propina do governo Lula. Como ele acredita que há certa similaridade entre o escândalo dos mensaleiros e os enrolados na Operação Termópilas, o mesmo prazo deveria ser dado a ALE para decidir o futuro de seus pares.
Por isso, Tucura tem votado a favor de todos os pedidos de prorrogação de prazo. Afinal, para que presa se tudo vai acabar mesmo em pizza, não é deputado?
A condição de homem público impõe posturas que devem respeitar essa dimensão. É lamentável, pois, a conduta do deputado Tucura, que se traduz pelo deboche, pelo desprezo e pela falta de respeito para com a sociedade rondoniense, que exige a imediata cassação dos acusados.
Espetáculo deplorável. Assim pode ser definida a conduta do senhor Tucura diante de um tema relevante. O que se tem lido a respeito da sua postura, como membro da CPP, além de constrangedor, chega a causar asco.
O verdadeiro homem público precisa está em sintonia com os clamores sociais, e não preocupado com projetos pessoais ou de grupos. A população de Rondônia merece mais respeito e espera que a atitude dos que hoje ocupam assentos naquela Casa de Leis não se torne pequena como agora o é.
Há, da parte de mulheres e homens desta terra, exigências maiores que esperam ver assumidas, de forma responsável, por quem administra e legisla em nome dos legítimos interesses da sociedade. O sentimento popular experimentado é o de vergonha de ver a Assembléia Legislativa ocupando o noticiário de maneira vil.