SANTO ANTONIO ENERGIA- Agressão ambiental, contradições e omissões no assoreamento do Rio Madeira

Esta nova versão também caiu por terra, já que as imagens mostram que o fato acontecia abaixo da barragem e não acima, como afirma a nota.

SANTO ANTONIO ENERGIA- Agressão ambiental, contradições  e omissões no assoreamento do Rio Madeira

Foto: Divulgação

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O que seria só uma reportagem sobre seca do Rio Madeira desencadeou uma serie de informações, versões contraditórias e omissões de autoridades em investigar o que as imagens não deixam duvidas: milhares de metros cúbicos de terra estavam sendo jogadas pela Santo Antônio Energia no leito do Rio Madeira, contribuindo para seu assoreamento.
Tudo começou quando ribeirinhos e proprietários de embarcações reclamaram que a seca no rio estava maior e que o leito havia se elevado com grande quantidade de terra. Uma praia surgiu onde jamais havia sido vista, e no canal navegável, demonstrando que havia algo de errado com o comportamento do Madeira.  Após publicar a matéria e a foto ( veja aqui), o Rondoniaovivo recebeu fotografias e vídeos mostrando que este assoreamento poderia estar sendo provocado por uma ação no mínimo estranha da empresa que construía a Usina de Santo Antônio, dois quilômetros acima de onde surgiram as praias. A foto mostrava caminhões despejando terra no rio ( veja aqui)
A Santo Antônio informou em nota ao site que se tratava da construção de ensecadeiras, prevista no projeto da obra.  Mas logo em seguida o site divulgou imagens (veja aqui) que demonstravam não se tratar da construção de ensecadeiras, já a terra lançada ao rio era levada pela correnteza. Um leitor também questionou a técnica da construção, já que para tal seria necessário primeiro fazer uma base de pedras no fundo do rio para depois aplicar terra sobre as pedras.( leia aqui)
 Diante deste vídeo a Santo Antônio Energia emitiu nota oficial com outra versão, (veja a seguir) justificando o ato como construção de uma “ponta de aterro”, construída na margem esquerda, acima da barragem, obra prevista no planejamento de construção.
Esta nova versão também caiu por terra, já que as imagens mostram que o fato acontecia abaixo da barragem e não acima, como afirma a nota.
O site solicitou acesso ao canteiro de obras e entrevista com engenheiro responsável ou alguém da direção da Santo Antônio Energia para esclarecer dúvidas que pairam sobre o as fotografias e as imagens.  No dia e horário determinado pela empresa, o site esteve presente e foi acompanhado pela assessoria de comunicação social e por engenheiros. Muitas explicações foram dadas sobre as ensecadeiras construídas, mas foi negado o acesso ao local onde as imagens mostravam tratores despejando terra no rio. O tal engenheiro recusou-se a dar uma entrevista gravada.
E diante de alguns questionamentos da reportagem do Rondoniaovivo, especialmente sobre o local do fato e técnicas de construção, a Santo Antônio Energia emitiu nova nota para o site, alegando que as imagens eram relacionadas a  “escavação do canal de restituição do vertedouro.” Foi a terceira versão para o mesmo fato.
De acordo com a nova justificativa da Santo Antonio Energia, as imagens são de “uma ensecadeira de solo, paralela à margem do rio, feita para possibilitar a escavação do canal de restituição do vertedouro. Essa ensecadeira, feita no período de novembro de 2010 a fevereiro de 2011, já foi completamente removida”.
Outra contradição facilmente identificada, pois muitas imagens foram feitas também no período mais seco do Rio Madeira, de julho a setembro, fato comprovando-se pela praias e pedras que aparecem no vídeo, além da fumaça de queimadas, que normalmente ocorre no verão. Veja vídeo
Entre as versões, há curiosidades.  A “ponta de aterro" teria sido construída em 10 meses. O canal de restituição em 04 meses. Na ponta de aterro, o material (terra) ficaria submerso, sem nenhuma consequência. No canal de restituição, a terra lançada ao rio teria sido “completamente removida”.
As imagens são inequívocas em mostrar terra sendo lançada no rio e levada pela correnteza. Se o Ibama permitiu esta agressão ao Madeira no licenciamento ambiental, explica-se seu silêncio diante do fato revelado pelo Rondoniaovivo. A promotoria do meio ambiente do Ministério Público também não se manifestou.
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