Rondônia voltou a ser destaque na mídia nacional. Não por conta do desprendimento, do trabalho profícuo e edificante de seus dirigentes e políticos, mas pelo estouro de mais um escândalo envolvendo o desvio de recursos públicos, patrocinado, segundo a Polícia Federal, por deputados estaduais e agentes do Poder Executivo.
No caso da ALE, não é a primeira vez em que alguns de seus membros aparecem no meio de um furacão. Quem não se recorda dos escândalos das passagens aéreas e da folha de pagamento paralela, apenas para ficar nesses dois exemplos? Pelo visto, trata-se de problema patológico, coisa que só Freud poderia explicar.
Hoje, chega-se à conclusão de que muitos que se empenharam, em nome da decência, da moralidade e da ética, para torpedear a administração do então presidente Carlão de Oliveira, jamais o fizeram com a intenção de arrumar a casa, mas, sim, para querer, pura e simplesmente, ver o circo pegar fogo e, depois, colher as melhores castanhas do braseiro. Agora, está claro, também, por que o esforço de deputados para manter o adjunto de SESAU no posto.
Infelizmente, há os que se consideram senhores de tudo e de todos, acima do bem e do mal, como se nada lhes alcançasse. Ledo engano. Eterno, só Deus. Não demora e a casa, antes inabalável, não resiste às intempéries e acaba desmoronando, virando um amontoado de escombros. Muitos são os que estão na alça de mira da PF. A lista é extensa. Pelo andar da carruagem, tudo indica que faltará Lexotan em Porto Velho. Aconselho aos donos de farmácias reforçarem os estoques.
Imbecilidade é pretender, desde já, condicionar à ação da Polícia Federal a mera questão política. As coisas só chegaram ao ponto em que estão graças à ganância desmedida de pessoas que entendem ser o patrimônio público a extensão de negócios particulares.
Estamos vendo acontecer na ALE o que se poderia chamar de legislatura ripley. No fundo, o cenário é o mesmo, só mudaram alguns personagens do enredo. Se havia algum resquício de credibilidade da atual legislatura perante a opinião pública, detonou-a a “operação Termópilas”.