Diferentemente do que tem sido veiculado por parte da imprensa rondoniense, não foi registrado nenhum óbito nas UTIs do Hospital regional de Cacoal (HRC) esta semana. A internação no HRC, seja nas clínicas, seja nos leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) segue normas e procedimentos instituídos pelo Ministério da Saúde (MS) para unidades de Referência e deve, obrigatoriamente, ser feita através do Sistema de Regulação, conforme explicou a direção da unidade hospitalar.
“Não existe a possibilidade de um paciente morrer esperando por uma vaga na UTI especificamente do HRC, pois o procedimento reza que, um paciente que está em vias de internação em UTI em uma unidade de qualquer município, esta unidade deve requisitar a internação a uma unidade de alta complexidade mais próxima, por meio da Regulação.
Não havendo vaga nesta ou naquela unidade, o procedimento é que a internação seja requisitada a outra unidade, mesmo que seja na Capital, e não deixar o paciente esperando vaga nesta ou naquela unidade específica. Não se sai ‘catando’ pacientes por aí e largando em qualquer lugar...estamos lidando com a saúde das pessoas, as coisas não funcionam assim, existem procedimentos técnicos”, explicou a diretora executiva do HRC, Luciana Marins Borba Faria.
Sobre a situação das UTIs em Rondônia, o secretário-adjunto da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), José Batista, lembrou que em Vilhena, o Governo aumentou o número de leitos de UTI de 10 para 14; em Ji-Paraná aumentou de 6 para 8, somente este mês o Hospital de Base Ary Pinheiro, em Porto Velho, inaugurou mais 10 leitos de UTI e o próprio Hospital Regional de Cacoal, que foi entregue pela administração anterior com 5 leitos, hoje trabalha com 7 leitos e até amanhã, 24, mais três leitos de UTIs serão disponibilizados à população.
“Estamos finalizando uma sala de UTIs com capacidade para 10 leitos no HRC, mas mesmo assim não vai ser o suficiente para atender a toda população. Temos uma defasagem de leitos no Estado muito grande, reflexo de quase uma década de descaso com a saúde.
Estamos trabalhando para regularizar esta situação, mas sabemos que isso não se faz de uma hora para outra”, disse Batista, ressaltando que, como a diretora do HRC explicou, somente quem desconhece os procedimentos hospitalares pode achar que alguém morre esperando para ser internado neste ou naquele hospital, o pedido de internação em UTI é feito ao Estado todo, e o paciente é transferido para a unidade que estiver com vaga disponível.
“Em um hospital só existem três situações: pessoas nascem, pessoas são tratadas ou pessoas morrem essa é a rotina de um hospital, nascem, são tratadas e morrem pessoas todos os dias nos hospitais do mundo todo”, concluiu Batista.