Enquanto a população vive à mercê da bandidagem que impera nos quatro cantos de Rondônia, com relevo para a capital portovelhense, dezenas de profissionais, em sua maioria, pais e mães de família, aprovados no mais recente concurso para o cargo de Delegado de Polícia, vêm lutando para serem efetivados pelo governo do estado, mas não tem sido tarefa fácil.
Não é de agora que eles aguardam uma posição definitiva do governo sobre o assunto. Até o deputado federal Mauro Nazif entrou na briga. Mas a situação parece que emperrou. De concreto, mesmo, só a palavra do governador Confúcio Moura de que não realizará novo concurso enquanto o anterior estiver dentro do prazo de validade.
O problema, Excelência, é que, logo, vence o prazo e os remanescentes não serão convocados. Pelo menos se depender do secretário de Segurança, Defesa e Cidadania, cuja posição difere da sua. Aliás, fala-se que ele teria dito que pretende realizar novo concurso ainda este ano. Afinal, quem manda no governo, Confúcio Moura ou o senhor Bessa e sua equipe de colaboradores?
Falar-se em realizar concurso quando há candidatos para o cargo na reserva, é, no mínimo, jogar dinheiro público pelo ralo. O governador Confúcio precisa mergulhar de cabeça na luta dessas pessoas e ajudá-las a transformar seus sonhos em realidade. Afinal, foram anos e anos de batalha, ralando todos os dias pela concretização de um objetivo.
O bom-senso há de prevalecer e a população rondoniense, desde há muito, entregue de pés e mãos atados a facínoras de todos os matizes, logo, poderá contar com a competência, seriedade e dedicação desses profissionais no combate ao crime. Acredita-se que o governador Confúcio Moura voltará suas vistas para o problema e dar-lhe-á a mesma prioridade e atenção por vezes concedida a assuntos muito menos relevantes.