De acusado a réu - Por Valdemir Caldas

De nada adiantaram as chicanas jurídicas para tentar empurrar o processo contra o nobre senador Valdir Raupp até a prescrição. Na semana passada, por seis votos a dois, o Supremo Tribunal Federal (STF) acatou denúncia feita em 2005, pelo então procurador-

De acusado a réu - Por Valdemir Caldas

Foto: Divulgação

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De nada adiantaram as chicanas jurídicas para tentar empurrar o processo contra o nobre senador Valdir Raupp até a prescrição. Na semana passada, por seis votos a dois, o Supremo Tribunal Federal (STF) acatou denúncia feita em 2005, pelo então procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza, contra o parlamentar rondoniense, por crime de falsidade ideológica para fins eleitorais.

Raupp é acusado de incluir informações falsas na prestação de contas da campanha eleitoral para o governo de Rondônia, em 1998. Entretanto, à semelhança de seu “companheiro” Lula (quando estourou o escândalo do mensalão, que arrastou latrina abaixo membros da cúpula nacional do PT, como José Dirceu, Silvio Pereira, José Genoino, Delúbio Soares, dentre outras estrelas da constelação petista), o senador afirmou que não sabia de nada e que acreditava na imparcialidade da justiça. Muito bem!

A lei diz que ninguém é obrigado a construir provas contra si mesmo. Para tentar livrar-se da acusação de que seria analfabeto e, portanto, não poderia concorrer a cargo eletivo, o deputado federal eleito por São Paulo, o palhaço Tiririca, recusou-se a escrever algumas frases, ditada por um juiz.

Nesse mesmo diapasão, o empresário Paulo Cesar Farias, o popular PC Farias, tesoureiro da campanha presidencial de Fernando Collor, morreu dizendo que não pagava às despesas da Casa da Dinda, tampouco havia presenteado a primeira-dama, Roseana Collor, com um Fiat Elba.

Mesmo contra todas as evidências, Delúbio Soares, o ex-tesoureiro do PT, garante que o mensalão foi fruto da imaginação fértil da oposição para tentar prejudicar o seu partido. E o pior que muita gente acredita nessa asneira. Menos, é claro, o procurador-geral da República, que enquadrou ele e mais trinta e nove pessoas envolvidas no escândalo.

Supor que o senador assumiria o ônus da culpa seria o mesmo que acreditar que o ministro Eros Grau segurou o processo, durante tanto tempo, devido ao acúmulo de trabalho. Coincidência ou não, só foi Grau se aposentar que a denúncia chegou ao plenário.

Agora, de denunciado, Raupp passou a difícil condição de réu. Se for condenado, poderá pegar até cinco anos de cadeira. Mas, como no Brasil, prevalece a máxima de que cadeira foi feita para pobre, negro e prostituta, ninguém, em são consciência, acredita que ele será alcançado pelas garras da justiça.

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