ELEIÇÕES 2010 - Manifesto pela educação ou politicagem imoral em véspera de eleição - Por João Paulo Prudêncio

A evidência de uma manifestação realizada em uma praça de Porto Velho há exatamente uma semana antes da eleição, deixa claro uma subjetividade política por trás disso. Porque esses manifestos não existem a todo o tempo, será que os problemas surgiram hoje

ELEIÇÕES 2010 - Manifesto pela educação ou politicagem imoral em véspera de eleição - Por João Paulo Prudêncio

Foto: Divulgação

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No próximo dia 24 de setembro, uma entidade denominada AJERON – Associação Jovens Estudantes de Rondônia, promoverá em Porto Velho, um evento que tem como intenção, protestar contra as condições das escolas públicas de Rondônia. Seria uma louvável e interessante atitude, que mostra o quanto são politizados os estudantes de Rondônia. Porém essa não é a realidade. A verdade é que esse protesto irá ser uma patética demonstração de quanto nossos jovens estão bestializados, manipulados e intoxicados por uma falsa idéia colocada por movimentos sindicais. As comprovações surgem a partir de vários pontos a serem analisados, vamos a eles:
 
Questão política
 
A evidência de uma manifestação realizada em uma praça de Porto Velho há exatamente uma semana antes da eleição, deixa claro uma subjetividade política por trás disso. Porque esses manifestos não existem a todo o tempo, será que os problemas surgiram hoje? E não podemos ser hipócritas ou tomados por uma cegueira de acreditar que um evento desse não servirá como palanque político, servirá sim!
 
Quem está fazendo e quem está pagando?
 
AJERON é uma entidade que sequer aparece nos resultados de pesquisa de Google, maior portal de busca do mundo. Esquecem que movimentos estudantis surgem primeiramente através da formação de grêmios dentro das escolas, e logo depois esses grêmios se reúnem e formam a UMES (União Municipal dos Estudantes Secundaristas), a partir daí se definem as metas e ações, inclusive manifestações como essa que será realizada dia 24. Fora isso, uma manifestação estudantil com qualquer outra bandeira é um protesto apócrifo.
 
Outro fato é que dificilmente uma “associação” dessa seja capaz de bancar sozinho um evento do porte que esse demonstra, visto pela qualidade da propaganda de vídeo produzida, resta saber onde será veiculada. Qual foi a produtora e agência criadora da peça publicitária? Quem encomendou? Quanto pagou? E a infra-estrutura para um evento deste porte, com palco, iluminação, sonorização e até banheiros químicos. Quem paga? Cabe uma investigação policial. Podem achar políticos no final da corda.
 
Sindicatos
 
No vídeo da propaganda da manifestação rapidamente identificamos uma semiótica totalmente sindical, cores, entonação de voz e até o locutor, lembra e muito os vídeos de manifestação e reunião para congresso do Sintero (Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado de Rondônia). Outro ponto interessante é que a referida associação tem ligações com a coordenadoria da juventude da prefeitura municipal de Porto Velho.
 
Cariocas MC’s
 
Agora pergunto uma coisa: Qual respeito político, ideológico e administrativo vai ter um evento que tem como metas conseguir melhorias nas condições de ensino e buscar um debate na forma de gerir a educação no estado, que coloca no palco ou palanque, um grupo de homens rebolando, mulheres seminuas e letras que falam “Então toma, então toma, a cochorrete não sai da minha cama”. (Veja clipe da banda)
 
È essa a consciência política e inteligência que os responsáveis da manifestação querem passar aos estudantes presentes no protesto? Agora, colocar uma banda com mensagens sexuais e de cunho machista, é tudo aquilo que nossos estudantes não precisam. Bons tempos eram aqueles que artistas de movimento estudantil eram Chico Buarque, Tom Zé, Caetano Veloso, Geraldo Vandré, Belchior, ao invés de colocar um grupo que canta “Pega na bundinha, pega na budinha, pega budinha, vai mexendo a cinturinha”.
 
Finalizando
 
Uma militância estudantil se forma nas bases escolares e não em praças, enquanto esse pensamento e essa militância não forem colocados em prática dentro do nosso estado, os “estudantes profissionais” continuarão a existir, homens com 30, 40 anos de idade se passando por lideres estudantis e sobrevivendo dos tributos das carteirinhas de estudantes.
 
Aliás nobres militantes da AJERON, de acordo com a gramática, professor é apenas com uma consoante “F” e não com duas, como está escrito na sua propaganda.
Direito ao esquecimento

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