Barbárie e omissão! - Por Valdemir Caldas

80%! Foi quanto aumentou o índice de criminalidade na cidade de Porto Velho, nos primeiros meses deste ano, em comparação ao mesmo período do ano passado. A situação não está fácil. Tornou-se insuportável conviver com a realidade planejada na capital, em

Barbárie e omissão!  - Por Valdemir Caldas

Foto: Divulgação

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80%! Foi quanto aumentou o índice de criminalidade na cidade de Porto Velho, nos primeiros meses deste ano, em comparação ao mesmo período do ano passado. A situação não está fácil. Tornou-se insuportável conviver com a realidade planejada na capital, em razão da onda de violência que assola a cidade. O clima é de terror. Os crimes hediondos, as agressões, os assaltos, homicídios, latrocínios e outros delitos estão na ordem do dia. É preciso que as autoridades responsáveis pela segurança da população adotem medidas eficazes e enérgicas. Só entregar armas à polícia não é o suficiente para resolver o problema.
 
Sair de casa, a partir das vinte horas, é uma aventura perigosa. Não se sabe se o retorno está garantido. É o salve-se quem puder! O crime, cada vez mais organizado, dá-se ao luxo de ter estrutura, caixa, contratos, e, acredite-se, consegue ser dirigido, em muitos casos, de dentro das prisões. A cidade ainda está traumatizada com a brutalidade cometida contra uma senhora de 84 anos, espancada até a morte por marginais durante um assalto. O crime ocorreu no bairro Eletronorte, Zona Sul da capital.
 
Urge procurar alternativas concretas para reduzir os números da criminalidade no estado de Rondônia. É ilusão acreditar que a distribuição de meia dúzia de armas é a salvação da lavoura. É preciso avançar mais. Muito mais. Investir em treinamento, aquisição de equipamentos modernos e, principalmente, na melhoria salarial dos que têm a difícil missão de salvaguardar a incolumidade das pessoas: os policiais.
 
Porto Velho vive, hoje, uma espécie de circo dos horrores. Mal termina uma desdita, outra se sucede, em outro ponto da cidade. O que antes causava estupefação, logo passa a integrar a lista dos acontecimentos rotineiros. Após uma tragédia, imediatamente surgem às mesmas manifestações de indignação, de insurreição, com segmentos da sociedade exigindo providências enérgicas, como, por exemplo, a adoção da pena de morte, como saída para se combater a marginalidade.
 
Um dos maiores pensadores da humanidade, Jean-Jacques Rousseau, ensina que, qualquer malfeitor, atacando o direito social, torna-se rebelde e traidor da Pátria, deixa de ser um de seus membros ao violar suas leis e até lhe move guerra. Sua união com o estado é, portanto, incompatível, sendo preciso que um dos dois pereça. À parte conceitos filosóficos, inaceitável, portanto, é o crime continuar vencendo todas, tripudiando sobre os legítimos direitos da sociedade, sem que se ouça ou perceba da parte de quem de direito a menor palavra ou gesto de preocupação.
 
Frustrados, por qualquer que seja o motivo, os agentes do crime, aqui e acolá, não hesitam em colocar um fim na existência de pessoas indefesas e inocentes, como se a vida não representasse absolutamente nada. Chega de barbárie, omissão, incompetência, hipocrisia e discursos demagógicos. Só armar a polícia não vai resolver o problema da insegurança pública.
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