Por solicitação da vereadora Mariana Carvalho, a Câmara Municipal de Porto Velho realizou uma Sessão Especial, segunda-feira (5), para comemorar os noventa e cinco anos de criação da cidade, cuja data transcorreu no dia 2 de outubro. Ao justificar sua proposição, Mariana destacou o papel dos pioneiros na construção da cidade onde nasceu e da qual se orgulha, principalmente, pela cordialmente marcante da sua gente.A solenidade não foi uma das mais concorridas, como se esperava. A galeria estava praticamente vazia. Entre os convidados, apenas alguns secretários municipais, escritores e poetas, como Cláudio Feitoza (autor do Hino de Porto Velho), Yeda Borzarcov, Aparício Carvalho, Silvio Santos (o popular Zé Katraca) e o carnavalesco Carlinhos Maracanã. O prefeito Roberto Sobrinho, e o seu vice, Emerson Castro, não compareceram. Sobrinho mandou dizer pelo Secretário Municipal de Fazenda, Wilson Correa, que tinha compromissos inadiáveis.O governo do estado e a Assembléia Legislativa de Rondônia não mandaram representantes. A OAB-RO se fez presente pela advogada Elizabeth Leite, que entrou muda e saiu calada, preferindo o silêncio a correr o risco de dizer alguma bobagem.
Ao discursar, a brilhante historiadora Yeda Borzarcov fez uma viagem no tempo. Emocionada, lembrou os grandes vultos da história portovelhense, como Victor Hugo, Lourival Chagas da Silva, Esron Penha de Menezes, dentre outras figuras memoráveis, só esqueceu de destacar a importante contribuição dos trabalhadores barbadianos na construção da Estrada de Ferro Madeira Mamoré. Não é por demais repisar, contudo, que Porto Velho nasceu e cresceu com a instalação da Estrada de Ferro Madeira Mamoré. A partir daí, porém, seguiram-se os ciclos econômicos da borracha, da cassiterita e do ouro, muito bem lembrados pelo vereador Marcelo Reis, que acrescentou mais um ao seu discurso: o ciclo da energia elétrica, com a chegada das usinas de Santo Antonio e Jirau.
Mais uma vez, a vereadora Mariana Carvalho deu cabal demonstração de maturidade e discernimento político, ao trazer para o centro do debate um tema extremamente relevante. Pena que não convidaram o historiador, escrito e poeta Matias Mendes, o historiador, escritor e radialista Francisco Matias, o poeta Viriato Moura, o escritor Antonio Serpa do Amaral Filho e o calejado jornalista Euro Tourinho. Suas presenças, com certeza, abrilhantariam ainda mais a solenidade.