Denúncia Grave - Por Valdemir Caldas

Da Redação

07 de Maio de 2009 às 08:25

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Foto: Divulgação

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O prefeito de Porto Velho, Roberto Sobrinho (PT), convidou políticos, fotógrafos, repórteres e bajuladores, para mostrar-lhes os quatorze novos (?) ônibus coletivos, que vão integrar a frota de cento e cinqüenta e um veículos, e não cento e cinqüenta e sete, como afirma a matéria postada no site oficial, já que seis deles estão pifados.

Sorridente, Sobrinho chegou a posar para os fotógrafos, ao lado de um dos donos do consórcio que comanda o sistema de transporte coletivo na capital. Engraçado, quando o então prefeito Chiquilito Erse assim procedia, o petismo deitava-lhe o relho nos costados, chamando-o, dentre outros adjetivos, de demagogo. Agora, sem o menor pejo, repete o gesto.

Até as praças que Chiquilito mandou reformar foram alvos de motejo por parte de petistas. Na época, chegaram a apelidá-lo, maldosamente, de “Chico Praça”. Curiosamente, nesses quatro anos, quatro meses e oito dias à frente do governo, Sobrinho reformou três das quatro principais praças do centro da e uma encontra-se em fase de conclusão. Evidentemente que Chiquilito tinha lá seus pecados, mas não se pode negar que era um político carismático.

É o velho ditado do “faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço”. No momento de aponta o dedo na direção de adversários, o petismo é ágil no gatilho, mas é míope quando se trata de enxergar os próprios erros. E que erros! Até hoje, não conseguiram concluir as obras da Vieira Caúla, do Mercado Central e de tantas outras espalhadas pela cidade.

Ocorre, porém, que, entre as reformas realizadas na administração de Chiquilito e as que vêm sendo executadas pelo atual governo, há uma diferença abissal, sobretudo no que se refere à estética, à qualidade dos serviços e o material usado.

Os novos (?) ônibus de Sobrinho esquentaram os debates da sessão plenária de terça-feira, na Câmara Municipal de Porto Velho. Coube ao vereador Ramiro Negreiro (PMDB) a tarefa de acender o maçarico.

Segundo ele, há informações de que o consórcio estaria mudança à pintura de alguns veículos para continuar transportando empregados das usinas de Santo Antonio e Jirau. Trocando em miúdo, o usuário continuará no aperto.

Na ocasião, houve quem se abespinhasse e saísse em defesa do monopólio, tentando, desesperadamente, desqualificar as denúncias do peemedebista. Em vão.

Trata-se de acusação, no mínimo, grave, para a qual as autoridades municipais (prefeito e secretária municipal de transportes e trânsito) têm na obrigação de prestarem os devidos esclarecimentos. Ramiro não faria uma denúncia dessa gravidade se não tivesse como prová-la, o que prometeu fazê-lo, em breve, para desespero dos que se cevam nas tetas do monopólio.

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