ARTIGO: O prefeito e suas promessas de campanha – Alan Alex

Da Redação

16 de Abril de 2009 às 15:31

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ARTIGO: O prefeito e suas promessas de campanha – Alan Alex

Foto: Divulgação

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Encontrei ontem um “Programa de Governo Municipal”, da Coligação “Trabalho de Novo Com a Força do Povo”, lançado pelo então candidato à reeleição Roberto Sobrinho em 13 de agosto de 2008. É um documento com propostas de projetos que deveriam ser implantados na Capital no novo mandato do prefeito.

Pois bem, Sobrinho foi reeleito e vem usando o argumento de que as chuvas atrapalham o andamento das obras e impede a chamada “operação tapa-buracos”. Desculpa esfarrapada como já disse anteriormente.

Porém, para que não me acusem de estar sendo “injusto” com o prefeito e seu “staff”, insistindo nesses serviços e lendo o tal programa de governo, destaquei algumas ações que poderiam muito bem ter sido desenvolvidas mesmo que estivesse chovendo sapos.

Um dos pontos que mais chama a atenção diz respeito ao trânsito. São 15 propostas, vamos a elas:

A primeira diz que a nova administração vai elaborar o Plano Viário de Porto Velho (isso pode ser feito dentro do gabinete). Pois bem, o tal plano sequer chegou ao papel e para comprovar basta dirigir pelas avenidas. O caos é completo.

No segundo tópico, diz que vai haver “uma melhoria na sinalização dos logradouros públicos, universalizando a identificação dos nomes das ruas”. Então, você já tentou encontrar um endereço em Porto Velho? Se você for de fora da cidade, dificilmente conseguirá se situar.

O terceiro promete “ampliação do número de ciclovias e ciclofaixas”. Esse nem precisa comentar.

No quarto tópico, existe a promessa de implantação das lombadas eletrônicas. Essa questão é polêmica e a prefeitura nunca conseguiu resolver, até porque isso depende de uma série de convênios e acordos.

O quinto tópico chega a ser hilário, a ampliação do número de semáforos inteligentes, a chamada onda verde. Realmente, uma prefeitura que não consegue sincronizar semáforos vai conseguir fazer o que?

O sexto promete a criação do Agente de Trânsito Municipal. Hahahahahah.

No sétimo, o candidato prometia a “ampliação da frota de ônibus urbana e rural”. Quem depende desse serviço sabe que isso é piada, assim como o oitavo tópico, que diz, “criação de corredores exclusivos para o transporte coletivo”.

Nono tópico promete a construção do anel viário, para desviar da malha urbana os caminhões que se destinam ao porto graneleiro. Esse anel viário é uma promessa antiga, não só dessa administração, como de outras anteriores. O décimo também é interessante, diz que a prefeitura vai ordenar o fluxo de veículos pesados nas vias urbanas da região central. Essa é outra promessa vazia. O que mais vemos nas ruas são carretas enormes disputando trânsito com carros de passeio.

O décimo primeiro fala sobre a “construção dos viadutos no Trevo do Roque, nas avenidas Jatuarana, Campos Sales e Prudente de Morais”. Bem, eles não conseguiram construir sequer passarelas, imagine três viadutos. O que o DNIT, por culpa da prefeitura fez, foi uma verdadeira bagunça no Trevo do Roque.

O décimo segundo também parece piada, promete a ampliação do programa de integração do transporte coletivo, o famigerado “Leva Eu”. A única integração que vi até agora foram os mototáxis com a população.

A décima terceira promessa é a construção de um terminal de desembarque e embarque de ônibus na rua Euclides da Cunha. Na décima quarta promessa, diz que haverá uma organização do transporte coletivo rural, através de licitação de linhas. Quer ver como funciona o transporte rural? Observe os ônibus que vão para os ramais Joana D´árc, Jatuarana e outros.

A última promessa também está difícil de ser cumprida, já que a prefeitura sequer conseguiu manter o contrato de publicidade que tinha com uma agência do Paraná. Fala sobre a realização de campanhas educativas no trânsito, afim de coibir o desrespeito as faixas de pedestres.

Essas foram promessas de campanha de Roberto Eduardo Sobrinho. O tal programa também promete melhorias nas mais diversas áreas. Me ative a essas especificamente devido a um fator que já expliquei. A maioria delas poderiam já ter sido implantadas, pois independem de condições climáticas, depende apenas de vontade e competência administrativa.

No decorrer do período vamos avaliar as demais promessas.

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